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sexta-feira, 19 de julho de 2024

The Flash: filme novo da DC se desconecta da realidade e joga as HQs para a telona; sem spoilers

“O maior filme de heróis de todos os tempos”, disseram uns. “As pessoas precisam ver isso o mais rápido possível”, avisou Tom Cruise. O tamanho do hype criado em volta de The Flash – com sessões quase dois meses antes do lançamento – deu a pinta do que estava por vir. Com o filme do velocista mais conhecido dos quadrinhos, a DC tinha a grande chance de retomar os sucessos nos cinemas, mas será que tudo isso realmente se confirmou? Valeu a pena esperar os inúmeros adiamentos? A convite da Warner Bros. Discovery eu assisti a versão final de The Flash nesta quarta-feira, 07 de junho, – uma semana antes da pré-estreia oficial – e pude tirar minhas próprias conclusões que serão comentadas nesta crítica sem spoilers.

Tamanho hype pode te fazer tomar um tombo imenso. Ou melhor, trazendo para o mundo do Flash, morrer de raiva e querer voltar no tempo e nunca sequer ter sonhado com esse filme. E é justamente isso que o personagem de Ezra Miller faz para resolver o seu problema. Sua mãe, Nora, morreu quando ele ainda era uma criança, e seu pai foi acusado pelo assassinato. Agora, faltando um dia para o julgamento dele, Barry descobre que consegue viajar no tempo e pensa “porque não mudo o passado, evito que minha mãe morra e meu pai seja preso?” Excelente ideia, certo? Errado! Mudar uma coisinha, por mais mínima que seja, muda toda a realidade.

Aí, como os trailers mostram, deu errado, né? O Flash criou um universo com seus pais, um novo “eu”, sem meta-humanos, apenas com um herói: o Batman de Michael Keaton. Mesmo aposentado, o Morcego topa ajudar já que Zod está chegando em busca do Superman… opa, espera, não é o Clark que existe aqui. É a Kara, Supergirl de Sasha Calle.

Resumidamente e sem spoilers, a história é essa. Mas será que dá certo mesmo? Aquilo que não está descrito aqui é o que dá charme ao filme e é o que fará os verdadeiros fãs da DC carregarem esse filme nas costas. The Flash é quadrinhos puro. No sentido de que ele entrega uma história completamente maluca, totalmente fora da realidade e com participações especiais fantásticas. Eu arrepiei quando “aquelas pessoas” apareceram.

Alguns críticos apontaram que o terceiro ato tinha problemas como a lentidão, mas eu sinceramente não vi a hora passar. Ficaria mais umas três horas assistindo essa história de viagem no tempo de The Flash.

No quesito atuações, Sasha Calle vai bem como Supergirl. Se teve algo que eu me decepcionei foi com essa personagem. Kara aparece pouco, basicamente nas cenas que já estão nos trailers mesmo, e do trio protagonista é a que ficou mais abaixo. Pelo o que estavam dizendo, achei que seria melhor. Mas está longe de ser ruim. Em um longa com mais espaço para ela, consequentemente terá mais tempo para brilhar.

Michael Keaton não era o Batman desde 1992, certo? Errado. Ele andou usando o batmóvel por aí, só pode. Parece que ele nunca deixou o papel de lado. Continua na mesma vibe dos tempos antigos. A hora que toca a música clássica dele… que coisa linda.

E agora o protagonista. Brilhante como ator, problemático como pessoa. Se você pretende boicotar o filme por causa dos crimes pelos quais Ezra Miller está sendo acusado, eu assino embaixo. É um direito seu. Mas se decidir ir, não deixe a vida pessoal do ator influenciar na sua análise do que The Flash é. Uma coisa é o que acontece na tela e outra coisa é a vida real. Porque Ezra brilha. Você realmente acredita que ele é o Barry nas duas formas diferentes: o original e o novo. É o mesmo rosto, mas personalidades completamente diferentes. Simplesmente uma das maiores atuações em filmes de heróis.

E o polêmico CGI? Bom, mesmo na versão finalizada The Flash tem cenas estranhas de efeitos especiais. Mas quando eles eram mais necessários do que nunca, como na força de aceleração, eles estavam ótimos. O problema está em cenas em que os dois Barrys apareciam juntos, uniformes e alguns momentos de ação. Mas nada que interfira demais no filme.

Vale ressaltar para você ficar até o final da sessão porque temos uma cena pós-créditos no final de tudo. Aguarde. Ela é interessante, para dizer o mínimo.

Para mim o hype é real, The Flash é cinema, é quadrinhos, é um filme de herói que eu queria ver e vou correr em direção ao cinema mais próximo na semana que vem para ver essa obra de arte. Se é o melhor filme baseados nas HQs de todos os tempos? Não é. Acho Vingadores Guerra Infinita e Ultimato mais impactantes e importante, Batman: Cavaleiro das Trevas e Homem Aranha 2 do Tobey Maguire mais redondos em questão de roteiro. Mas The Flash se configura bem no ranking sim.

Claro que esta é a minha opinião e você tem total direito de discordar. Se você foi ver e não gostou, ok, acontece. Mas para mim, é nota máxima da máxima: 5 estrelas, 10, 1000, 10000, 1000000.

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