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segunda-feira, 29 de abril de 2024

Mulheres representam apenas 34,4% dos negócios formais do País

Políticas públicas e programas de capacitação específicos para mulheres empreendedoras podem ajudar a expandir a representatividade feminina nos negócios

O empreendedorismo feminino tem ganhado cada vez mais destaque nos últimos anos, porém, ainda há muito a ser feito para alcançar a igualdade de gênero no mundo dos negócios. Segundo dados do Sebrae, as mulheres representam apenas 34,4% dos negócios formais do País, o equivalente a mais de 10 milhões de empresas no Brasil, evidenciando a necessidade de incentivo e apoio às mulheres empreendedoras.

Essa baixa representatividade feminina no empreendedorismo pode ser atribuída a diversos fatores, como a falta de acesso a recursos financeiros e capacitação empreendedora. Muitas mulheres enfrentam dificuldades para ter acesso a recursos financeiros, e isso somado ao desafio de conciliar a vida profissional com as responsabilidades familiares são alguns dos principais obstáculos enfrentados por elas. Além disso, estereótipos de gênero ainda persistem no ambiente empresarial, o que muitas vezes limita as oportunidades de crescimento e desenvolvimento das mulheres.

Para a empresária Silene Medeiros, a falta de confiança e apoio da sociedade também pode ser um obstáculo para as mulheres empreendedoras. “Muitas vezes, somos desencorajadas a seguir carreiras empreendedoras e enfrentamos preconceitos e estereótipos que nos colocam em desvantagem. Na minha visão, é fundamental que haja uma mudança cultural e uma maior valorização do empreendedorismo feminino para que mais mulheres se sintam encorajadas a empreender”, comenta.

Com uma história nada comum, Silene Medeiros decidiu empreender após enfrentar uma série de desafios, tanto na sua vida pessoal, quanto profissional. A empreendedora começou a trabalhar com 15 anos para garantir o sustento dentro de casa, mais tarde entrou no ramo comercial na área de importação. Sem medo de novos desafios, ela chegou a se mudar mais de 20 vezes para desbravar novos mercados e ajudar a consolidar negócios, porém, isso não foi suficiente para manter ela na carreira, e por três vezes foi demitida e teve que recomeçar tudo do zero. 

Além do trabalho, a empresária enfrentou barreiras na vida pessoal. Um câncer de tireóide aliado a crises de pânico deixaram Silene sem sair de casa por mais de 90 dias, sem disposição ou incentivo para nada. Essa experiência fez com que ela refletisse as suas prioridades e serviu de combustível para que ela desejasse criar o seu próprio negócio. Antes de construir a Netmak, maior e-commerce de empilhadeiras do Brasil, ela abriu outras duas empresas que quebraram, mas serviram de aprendizado para sua carreira e experiência para os negócios. 

Antenada ao mercado, Silene acredita que representatividade feminina em cargos de liderança sejam motivadores para que outras mulheres possam investir em seus próprios negócios. “Para expandir o empreendedorismo feminino, é fundamental que também sejam criadas políticas públicas e programas de capacitação específicos para mulheres empreendedoras”. finaliza. 

Com um DNA focado em tecnologia, a Netmak nasceu digital e foi beneficiada pelo olhar inovador de sua fundadora. Apostando na tecnologia, Silene criou uma nova experiência de compra para os clientes e levou o seu toque feminino para um setor composto em sua maioria por homens, ingredientes que foram essenciais para criar a receita para um negócio de sucesso. 

Autora:

Tamires Jesus

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