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segunda-feira, 29 de abril de 2024

Sobre o revogaço de Javier Milei.

O mais novo ocupante da Casa Rosada tornou-se figura carimbada no noticiário mundo afora. Não é pra menos, já que o sujeito apresenta diversas características que fogem e muito à regra do script político padrão.

Desta vez, Javier Milei voltou ao noticiário após o anúncio de um mega pacote com mais de trezentas medidas liberalizantes, que podem ser compreendidas como sendo uma série de revogações de normas identificadas como instrumentos de atraso no país.

A apreensão não é nenhuma surpresa, pois afinal, até mesmo entre os críticos das políticas dos antecessores de Javier Milei certamente há quem acredite que as reformas não podem ser demasiadamente aceleradas, preferindo um tom mais “gradualista” para as tentativas de corrigir os rumos do país.

Porém, é importante enfatizar que antes do governo de Javier Milei tivemos quatro anos do governo de Alberto Fernández, e antes disso outros quatro anos do governo de Mauricio Macri. E este último merece ser recordado, já que ficou conhecido justamente por suas medidas gradualistas, as quais não obtiveram resultados nada memoráveis. Aliás, quem ainda se lembra de Mauricio Macri?

Verdade seja dita, é certo que o gradualismo de Mauricio Macri não foi capaz de salvar a nossa querida Argentina, ao mesmo tempo em que as décadas de peronismo da família Kirchner foram invariavelmente acompanhadas de crises econômicas e recordes de inflação no Peso argentino, tornando a moeda do país literalmente um peso de papel.

Assim constatado que o problema dos Hermanos é de longa data, fica evidenciado que o novo presidente argentino não tem tempo a perder. Com sorte, o novo presidente conseguirá terminar seu mandato, e com muita sorte terá a chance de disputar uma reeleição. Contudo, contar com a sorte nunca é uma decisão sábia.

Independente de qualquer coisa, sempre haverá quem duvide da capacidade do livre mercado de encontrar soluções para problemas de grande escala. De fato, existe uma certa mentalidade que sempre busca no estado a soluções dos grandes problemas da humanidade, e por isso o revogaço argentino tende a encontrar uma boa dose de resistência, como de fato já tem encontrado.

No entanto, a essência da loucura é fazer várias vezes a mesma coisa esperando resultados diferentes. No caso argentino, isso significaria apostar que o planejamento burocrático peronista poderia tirar o país de seu constante estado de crise, mas isso já foi tentado à exaustão nos últimos anos, sem qualquer sinal de melhora.

Além disso, a vitória acachapante de Milei nas últimas eleições foi um claro sinal de que a sociedade argentina não mais admitia o mesmo tango, mesmo que os dançarinos custassem a pegar o ritmo da nova música.

Fato é que ao liberalizar a economia, Milei busca seguir os passos de países prósperos como Suiça, Austrália e Nova Zelândia, ao mesmo tempo em que se distancia do padrão defasado de países como Rússia, Brasil e o resto da América Latina.

Como brasileiros, o melhor que podemos fazer a desejar todo sucesso ao presidente libertário. Nosso país vizinho tem um idioma amigável e sua fronteira é logo ali. Assim, se tudo der errado por aqui (o que não seria nenhuma surpresa) então ao menos teremos uma via de escape logo ao lado.

Ah! Como é bom ter presidente!

Autor:

 Rodolfo Jose Andrello 

4 COMENTÁRIOS

  1. Que sonho!!!

    Pena que aqui em banãnia não tem nenhum Milei com chances de vitória para presidente.

    Como é bom ter Presidente.

    E viva la Libertad, carajo!!

  2. Interessante como esses exóticos ganhem mais destaque que o mar de presidentes alinhados. Talvez seja uma tática pra fritá-los melhor com a contrapartida de ganharem fama.

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