O Reino de Marrocos prepara-se para receber o ano 2024, cujo balanço dos últimos 12 meses, resultou em sucessos diplomáticos e acumulações de conquistas sobre o conflito regional do saara marroquino, opondo-se ao grupo de separatistas da polisario, alojados nos campos de Tindouf, sudeste da Argélia, frente á proposta marroquina de autonomia, apresentada a comunidade internacional 2007, como solução consensual ao diferendo em torno desta questão do saara, de mais de quatro décadas.
Trata-se então de um sucesso diplomático, proveniente tanto da América e África, bem como da Europa e Ásia, devido a diplomacia de Marrocos convencendo muitos países a reconhecer a soberania de Marrocos sobre o saara, incorporada ao território nacional desde 1975, após a marcha verde, epopeia histórica e real.
Hoje a comunidade internacional começou a posicionar definitivamente sobre este conflito artificial, apontando Marrocos e Argélia, principais protagonista, capazes de se chegar a uma solução definitivo deste diferendo regional, cujos separatista desvanecidos pelas mudanças regionais e internacionais, e pelo posicionamento de muitos países favoráveis a uma decisão realista e política, além da ousadia diplomática e inequívoco face a este conflito artificial e regional alargado.
Circunscreve então este conflito separatista, dos patrocinadores Argel, Petersburg, Havana, Caracas, continuando a camuflar a realidade e tendência do diferendo sob a autodeterminação, referendo, obstruído graças ao caminho marroquino consensual sobre esta questão do Saara marroquino, e dos componentes da sociedade local, das filiações políticas e ideológicas.
Neste próximo ano 2024, prevê-se que os bastiões da secessão vão ser levados a mudar de posições, porque a pressão tem sido clara, dada a posição favorável da Espanha, dos Estados Unidos da América, bem como de muitos outros países influentes tanto na Europa, Alemanha como exemplo.
Mudanças positivas e dinâmicas
Numa análise das conquistas políticas e diplomáticas mais proeminentes onde o Marrocos tem alcançado níveis importantes de apoio sobre a questão do Saara.
O Saara marroquino passou a ser uma verdadeira plataforma de acolhimento de muitas posições de delegações estrangeiras, vindo da África em geral, do Sahel-saara, ou ainda da America do sul, referindo a última conquista partindo da Colômbia, outubro 2023, a qual produziu fato da moção parlamentar colombina, contraposição do governo atual, pretendendo acolher separatista, polisario, no seu território, tal foi o papel da oposição parlamentar, aparelho judicial e executivo, investido no quadro das mudanças em favor do dossiê do saara marroquino.
Este sucesso diplomático parlamentar e da cooperação internacional para o Marrocos se insere não somente num equilíbrio de poder a seu favor, mais também da preservação dos ganhos políticos e socioeconômicos em prol da região.
Marrocos considera esta questão do saara a prioridade nacional, cujos esforços mobilizados a apoiar a justiça da posição marroquina, as vitórias em termos de segurança, a estabilidade e militar, além da abordagem cumulativa, da consolidação dos ganhos à luz da incapacidade de outras partes acompanhar o desenvolvimento do país em todos os domínios.
Hoje, o Reino de Marrocos, face à intransigência das partes, polisario e Argélia, continuando a rejeitar a proposta de autonomia, apesar de surtir efeitos desejados em favor, mantindo-a séria, realista e definitiva para acabar com o diferendo em torno do saara, e obstruir a proposta da Polisário nos fóruns da União Africana.
A comunidade internacional a classificou ainda como um grupo terrorista, chamando para isolar tal grupo a nível continental e internacional, sem argumento a não ser dos parceiros tradicionais Argel, Petersbourg, motivo inexplicável ao encontro da soberania marroquina e suas províncias do sul.
Assim a diplomacia marroquina, através do seu distinto dinamismo interativo, baseado sobre o princípio político, as questões históricas multilaterais globais, a visão real, traduzindo portanto a profunda compreensão equilibrada da situação geoestratégica, da natureza dos equilíbrios internacionais, e dos conflitos separatistas, destabilizadores dos equilíbrios e das forças regionais.
O Marrocos compartilha esta estratégia de desescalada diplomática, face a um ambiente regional tenso, onde Estados falidos à espera da oportunidade apropriada para se envolver em aventuras militares, cobrindo suas crises internas.
Isso é para não permitir às regiões do Sul se transformar numa zona de contacto geopolítico entre o Oriente e o Ocidente, nem se transformar como carta de pressão ou dominó no jogo de roleta russa contra qualquer aliança ocidental em jogo.
A Rússia, envolvida na guerra na Ucrânia, parece estar evitando quaisquer novas aventuras diplomáticas, consequências não calculadas, numa circunstância interna e externa sensível e num momento em que procura-se implementar as exigências de suas dimensões econômicas e sociais.
Abordagem sobre Saara marroquina
O Saara marroquino na agenda da diplomacia marroquina consolida-se graças ao dinamismo diplomático, relações oficiais visando a questão da integridade territorial, objetivo de um conjunto de ganhos estratégicos e das posições favoráveis para acabar com este conflito artificial.
Marrocos, através destes ganhos estratégicos, expandiu o círculo de apoio internacional dada a proposta da autonomia atribuída às regiões do sul, contra á oposição Argelina, dos inimigos do caminho da resolução da ONU, em detrimento dos acúmulos de sucessos, internos e externos, o quais foram conjugados às instituições constitucionais, aos investimentos nas infraestruturas das províncias do sul, ao clima de paz, de estabilidade e progresso socioeconômico.
Assim, a visão da diplomacia marroquina almeja no curto e médio prazo tornar os tradicionais redutos da proposta separatista, tanto na África e América do Sul, bases de fortes argumentos históricos, jurídicos e políticos, rumo ao consenso nacional sobre esta questão, de solidos critérios de avaliação das parcerias económicas e relações externas..
Concluindo que os desenvolvimentos das regiões do sul de Marrocos, apesar deste conflito artificial, pelo qual Argel suporta ao longo dos últimos anos, contro Marrocos seus planos e programas, dependem sobretudo do estabelecimento de um conjunto de objectivos estratégicos a alcançar. Das quais a expulsão da entidade fictícia, polisario, RASD, da União Africana, a regressão efetivamente das regiões meridionais a realizar os planos sustentáveis, econômicos a nível regional, intercontinental e internacional, atraindo ainda novos oportunidade para o progresso e produção de riqueza, dados investimentos estrangeiros e confiança nos programas governamentais, na posição geográfica a título de porta de entrada para o continente africano, as parcerias e convenções regionais e intercontinentais, força concorrencial do atlântico-sul, da visão do livre comércio, da produção energética e industrialização dos países da região, como tudo.
Autor:
Lahcen EL MOUTAQI,
Professor universitário, tradutor, Rabat, Marrocos