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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Copa do Mundo 2022: análise das atuações do Brasil contra Sérvia e Suíça

A Seleção Brasileira já atuou duas vezes nesta Copa do Mundo e já dá para ter uma ideia do que esperar do time do técnico Tite: uma defesa segura, mas que ainda tem dificuldade na hora de ser mais ofensiva. A prova disso é que contra dois times bem organizados, mas sem tanto talento como Sérvia e Suíça, o Brasil não sofreu gols, inclusive foi pouquíssimo ameaçado, mas quando precisou achar mais espaços contra o rival do segundo jogo teve dificuldade.

Na estreia, Tite foi bem e escalou o time mais ofensivo que a torcida queria com Paquetá de segundo volante, Vinícius Jr., Neymar, Raphinha e Richarlison. Apesar de uma partida mais abaixo de alguns desses, Vini deu duas assistências para os dois gols do camisa 9. Neymar saiu machucado e Danilo terminou a partida sentido lesão e se confirmaram como desfalques para, teoricamente, a fase de grupos.

Neste primeiro jogo, depois que achou o primeiro gol, passou a encontrar mais espaços e o ataque mais jovem que entrou se destacou. Rodrygo e Antony (os mais elogiados), mas também Martinelli, foram bem e são esperança da nossa nação para as partidas mais difíceis. O Rayo da Vila, inclusive, deveria ser o titular no lugar de Neymar contra a Sérvia, até para manter o time mais ofensivo. Mas, para manter a coerência, Fred entrou e Paquetá ficou mais livre.

Porém, isso não funcionou. Paquetá, que eu gosto e para mim merece seguir tendo chances, não foi bem em nenhuma das duas partidas. Fred, esse sim que eu não curto, também pouco fez, mas Bruno Guimarães, esse sim eu acho mais interessante para a nossa Seleção, entrou e deu mais qualidade de passe e dinâmica ao meio-campo do Brasil no segundo tempo contra a Sérvia.

Sobre Rodrygo, nem preciso falar. Não é porque ele é ex-Santos e por isso eu gosto dele, mas porque ele joga no Real Madrid e pode atuar tanto centralizado, quando nas pontas direita e esquerda, além de falso 9. Ele faz todas ali na frente. Detalhe: não tinha feito nenhum jogo importante pelo Brasil. Sempre que entrou, entrou pouco tempo. Porque? Porque o treinador mexe pouco no time na fraquíssima eliminatória sul-americana que o Brasil nadou de braçada.

E aqui vem o principal ponto que eu coloco: eliminatória sul-americana não prova nada. A Argentina também não perdeu de ninguém por aqui e chegou mal na Copa. O Brasil tem nos talentos individuais a solução para os problemas no ataque e a defesa sim, essa bem montada pelo treinador que na hora que precisa por o time mais pra frente resiste. Tite é bom, competente, mas tem um pesinho a mais pra defesa do que pro ataque. Vejamos no mata-mata o que ele arruma.

Acho que independentemente se for Gana ou Uruguai, passa das oitavas. Das quartas? Sei não. Depende de quem pegar. Aí é que vamos ver a força equipe. E claro, se Neymar jogar. O camisa 10 faz falta sim. Quer você goste dele ou não.

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