O falecimento de um filho antes do nascimento é uma perda enorme para os pais e familiares, gerando acontecimento desassossegador, lembrado e receado numa próxima gravidez. A cessação da gravidez adia os sonhos, as expectativas, as esperas existenciais que os pais habitualmente depositam no nascimento do bebê. Diante disso, nosso intuito foi de pesquisar como famílias vivenciam e enfrentam a condição de perda na gestação, com base na observação das características cognitivas (absorção e conceitos) e emocionais (comoções) relacionadas. Participaram 7 famílias da Cidade de Aracaju, estado de Sergipe. Os fatos narrados foram analisados conforme a Metodologia de Análise de Conteúdo de Bardin. Observou-se o momento da morte da criança é marcado por reações de abalo e negação, seguido de um estado de humor depressivo, falta de estímulo, autoestima baixa e apreensão de novas perdas para aquelas mães. Debate-se a ajuda familiar e da equipe de saúde como essencial para elaboração da vivência da perda da gravidez.
Palavras-chave: Perda. Gravidez. Vivência. Família.
Autor:
Everton S. Chagas
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