Grande promessa do cinema internacional para 2022, A Mulher Rei finalmente estreou e traz Viola Davis, no alto dos seus 57 anos, interpretando a guerreira líder das Agojie do Reino dos Daomé, na África nos anos 1820, Nanisca. Com personagem brasileiro e o nosso país na trama, será que o filme é tudo isso mesmo o que estão falando vou virou mais uma história de Hollywood? Eu assisti e vou contar tudo o que eu achei sobre esse longa-metragem.
Começo destacando que o filme pega sim essa história real e claro que transforma de certa forma na luta do bem contra o mal clássica de Hollywood. Eles adicionam coisas cinematográficas e tiram o que não interessante para as telonas. Isso é algo normal, mas mesmo assim até o lado do bem, ou seja, o Reino do Daomé, tem seus problemas internos já que eles foram de fato um povo que obteve sucesso traficando escravos com ajuda do Brasil, diga-se se passagem.
O que quero dizer com isso é que o filme fala e me toca muito com essa questão dos próprios africanos que para se darem bem vendiam negros de outros reinos para os europeus. E essa é a principal luta de Nanisca com o rei Ghezo, vivido por John Boyega.
Apesar de contar com Viola Davis no papel principal, para mim quem mais se destaca é a atriz sul-africana Thuso Mbedu, que aos 31 anos interpreta Nawi de 19. Quando eu descobri que ela tinha mais de 30 anos fiquei chocado. A caracterização foi tão bem feita que realmente parece que ela não chegou nos 20.
Citei o Brasil, então agora falo do personagem nascido por aqui, Malik. Apesar de vivido por um ator britânico, curti a interpretação dele e até o português falado por ele. Digo inclusive que ele é o único da história que faz tudo certo e mesmo assim termina sem sucesso no fim.
Outras duas coisas que curto bastante no longa, além da ação, é claro, é o fato da amizade que há entre as Agojie, mas também entre as meninas em treinamento. Ainda, é importante falar que o filme bate na tecla de que o seu lugar por direito sempre vai ser seu e sempre estará lá para você. Ou seja, aquilo que lhe é prometido, sempre será conquistado por você.
O que tem de real?
O filme adapta a história das Agojie, uma unidade de guerreiras composta apenas por mulheres que protegiam o reino africano de Daomé nos anos 1800. Elas foram muito importantes, principalmente no século XIX, quando lutaram contra os franceses na Primeira Guerra Franco-Damomeana.
Na cultura pop, o exército serviu de inspiração para a criação das Dora Milaje em Pantera Negra, e para o episódio 7 da série “Lovecraft Country”, da HBO.
Abaixo deixo o vídeo que gravei para o meu canal no YouTube, onde consigo falar mais abertamente sobre os assuntos relacionados ao filme.
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