A malandragem está cada vez mais sofisticada no Brasil, e provida de informações confidenciais. No dia de aniversário da minha esposa, estávamos em casa num clima descontraído de comemoração, quando ela recebe uma mensagem, via WhatsApp, dizendo que era de uma antiga empresa em que ela trabalhou, e que iriam enviar um presente para ela. Logo em seguida o porteiro liga, informando estar na portaria um entregador com o suposto presente. Como ela tinha muitos amigos naquela empresa, até ficou feliz, e eu desci para pegar o presente. O entregador portava uma sacola com o logotipo da empresa, e disse ter um frete. Estranhei! Mas como era só R$6,80, não retruquei. Passei o cartão na mini maquininha, que me foi apresentada, junto, o suposto entregador, que exibia na tela de seu celular o valor. O meu cartão foi passado duas vezes, e ele disse que o banco não aprovará. Fui buscar então outro cartão, o dá minha esposa, que também não passou, aí além de irritado, desconfiei! Não quis repetir mais tentativas e dispensei o presente. Mas fiquei extremamente desconfiado, ou seja, a ficha caiu. Ligamos para o cartão de crédito dela, e para o meu banco por se tratar de cartão de débito. Pasmem! Não tinha decorrido nem vinte minutos do ocorrido, e já tinha tentado passar R$6.800,00 no cartão dela, e R$5.1000,00 no meu. Nos sentimos dois completas idiotas, mas temos que admitir; como são ratos e inteligentes estes malandros. Onde será que conseguiram os dados; data de aniversário, nome, endereço completo? Caímos no golpe, nossa sorte que tentaram passar valores altos, e os bancos, não autorizaram. Cancelamos imediatamente os dois cartões e engolimos a raiva.
Autor:
Jaeder Wiler
