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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Violência contra criança e adolescente em tempos de pandemia

A violência doméstica contra crianças e adolescentes existe desde os primórdios da humanidade, porém não era vista ou caracterizada como crime.

Neste período de pandemia na qual as crianças e adolescentes estão impedidas de ir para escola, tendo que ficar dentro de casa por muito mais tempo, e  na companhia de seus cuidadores, se torna muitas vezes um martírio  intrínseco, ou seja um  sofrimento perpetuado. 

Na Webaula CANAL Tele Educa Mato Grosso, ministrada na  data de  4 de Setembro    de2020  de Violência Doméstica Contra a Criança e o Adolescente ministrada pela Promotora Dra Valnice dos Santo, ela retrata a situação atual e  formas de violência cometida  na maioria das vezes por seus  genitores / cuidadores; ” ameaças , constrangimentos, humilhações, manipulação , isolamento, agressão, verbal, xingamentos, ridicularização, indiferença, intimidação sistemática ou exploração , bem como alienação parental .

A disputa pela guarda traz consigo um grande conflitos familiar, o uso de violência psicológica (alienação parental) para que a criança tenha aversão à outra parte, é uma tática muito utilizada pelos pais que trás sofrimento e prejuízo na saúde psicoemocional dos mesmos.

Na constituição de 198 Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

A atuação do profissional de Serviço Social é de extrema relevância no acolhimento; escuta; estudo social; diagnóstico socioeconômico; acompanhamento e análise do serviço; direção e encaminhamentos para a rede de serviços locais; construção de plano individual e/ou familiar de atendimento; orientação sociofamiliar; atendimento psicossocial; orientação jurídico-social; referência e contra-referência; informação, comunicação e defesa de direitos; apoio à família na sua função protetiva; acesso à documentação pessoal; mobilização, identificação da família extensa ou alargada; articulação da rede de serviços disponíveis.

Socioassistenciais; articulando com serviços de outras políticas públicas setoriais; articulação interinstitucional com outros órgãos do Sistema de Garantia de Direitos; articulação para o exercício da cidadania; trabalho interdisciplinar; formulação de relatórios e/ou prontuários; estímulo ao convívio familiar, grupal e social; mobilização e fortalecimento do convívio e de redes sociais de apoio.

Se quando criança você sofreu abuso físico, sexual, emocional, ou foi humilhado, espancado, ridicularizado, diminuído, invalidado, abandonado, subjugado, passou fome, frio não foi visto como pessoa, de alguma forma sem dúvidas você foi (ou é) vítima de um pai, mãe ou cuidador perverso (narcisista maligno), e isso te trouxe marcas profunda que te impede de romper na vida nas mais diversas áreas, EMOCIONAL, AMOROSA, FINANCEIRA, FAMILIAR E SOCIAL, ESPIRITUAL, VOCÊ É A PESSOA MAIS INDICADA PARA PROPICIAR AMOR PROTEÇÃO E CUIDADO A UMA CRIANÇA, não repetindo a mesma dor e sofrimento  que causaram em você.

O espancamento e maus tratos não pode ser visto pela sociedade atual como  aceitável , e jamais pode ser de forma alguma justificado como forma de educação,    amor ou proteção. Uma criança quando espancada sente-se não vista, invalidada, incapaz de se defender,  obedece por medo e não por obediência ou respeito, muitas vezes se curva fisicamente, porém emocionalmente permanece de pé, diante daqueles que a princípio deveriam trazer amor , proteção, cuidado e segurança.

Os traumas sofridos na infância é a mola propulsora para o desencadear de baixa tolerância à frustração, coodependencia, insegurança, ansiedade e doenças orgânicas, e psicoemocional dentre tantos outros gatilhos.

 Quando a família e a sociedade investem na proteção e garantia de direito das crianças e adolescentes ,está formando cidadãos de bem, homens e mulheres sem traumas contribuindo para uma sociedade mais justa e igualitária.

Autora:

Marta Germano:  Esposa, Servidora Pública, Cuidadora Infantil de 0 a 7 anos, Técnica em Enfermagem, Acadêmica de Serviço Social, e uma apaixonada estudante informal da Psicanálise).

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