A respeito da morte, praticamente todos a temem e muitos a desconhecem, ou quase todos. O medo se dá até ao falar sobre tal assunto, contudo é inevitável que se alcance este fim derradeiro existencial, materialmente falando.
Desde tempos remotos a mortalidade preocupou os ânimos humanos. Tal assunto foi objeto de investigação de muitos filósofos de destaque como também de cientistas da atualidade. Sócrates que nunca tivera temor pela morte, discursa sobre a mesma quando condenado. O filósofo que viveu na Grécia por volta do século IV antes de Cristo estava convicto de que a vida da alma é eterna, sendo apenas o corpo físico uma vestimenta passageira. Platão, seu exímio discípulo, em A Alegoria da Caverna vem alegoricamente nos mostrar uma outra visão da realidade. Fazendo-nos perceber que o mundo real é o mundo das ideias e a nossa realidade atual um mundo imperfeito. É preciso ir além das letras para compreender Platão. Conhecendo melhor seu mestre, fica mais fácil deduzir a interpretação da existência eterna da alma, com os escritos de Platão.
O mais interessante é que existe uma publicação séria a respeito do assunto, publicada por Allan Kardec, um célebre pedagogo experiente e codificador da doutrina espírita. No século XIX a França e o mundo tiveram contato com o espiritismo científico. E é de se estranhar que mesmo no século XXI a grande massa da humanidade continua descrente e temerosa a respeito da morte. O motivo para a grande incredulidade, principalmente no Ocidente, região do globo milenarmente materialista e atualmente fortemente capitalista, o bem material é o mais importante para a sociedade de consumo. Além do consumismo exacerbado, temos também as religiões de massa que ainda pregam o evangelho medieval, que foi moldado pela filosofia patrística (padres medievais). Houve uma salada com os textos filosóficos da antiguidade com os de Santo Agostinho e outras interpretações, misturando o poder do Estado ao fenômeno religioso e a criação de dogmas para uma melhor doutrinação da massa popular.
Porém, podemos não mais temer o que se já pode conhecer.