Marrocos continua sendo dependente do exterior em termos dos produtos de primeira necessidade, carne, trigo mole, entre outros, para atender as necessidades do país, copa da África 2025 e Copa do Mundo 2030, tais tarefas governamentais tornam-se urgentes e complicadas a controlar, dadas situações socioeconômicas; greves e revoltas de jovens, e condições climáticas instáveis, seca, inundações e terremotos; 2021-2024.
Tais demandas traduzem o sentido dos projetos oligárquicos, confiscados por parte de um pequeno harchitos, objeto das manifestações sociais e revoltas dos jovens, à espera de melhores condições de vida, emprego, educação e saúde.
O ano de 2024 conheceu uma certa aproximação positiva do governo marroquino com o Brasil; intenção de promover parcerias ganha-ganha, base da segunda melhor colheita de trigo da história do Brasil, concorrente da França, Rússia, Ucrânia etc, e com oito milhões de toneladas.
O Marrocos importa o trigo mole, sobretudo da França, principal parceiro, cujo produto colhido neste período, inverno ou primavera, insuficiente para a demanda, devido ao quadro da queda da chuva irregular sobre a terra agrícola plantada.
O Marrocos, neste termos, deve importar mais de três milhões de toneladas de trigo francês só nesta temporada, posicionando o Brasil de modo a apresentar melhores ofertas, sobre um quinto do total das exportações francesas nesse nível.
Assim, a França deve planejar o aumento desta participação nas exportações marroquinas de trigo mole a nível de 60%, de acordo com a agência russa de informações agrícolas e alimentares.
O grupo Francês Intercereais espera que o Marrocos importe 5 milhões de toneladas de trigo mole, 1 milhão de toneladas de trigo duro e 1 milhão de toneladas de cevada, além de pelo menos 2,5 milhões de toneladas de milho.
Uma vez que o Marrocos já tinha comprado 1 milhão de toneladas de trigo mole francês este ano; de acordo com a mesma previsão, os exportadores franceses vão assim exportar 15 milhões de toneladas de trigo mole nesta temporada, incluindo 8 milhões de toneladas para países fora da União Europeia.
Segundo as expectativas dos expertos na área, as exportações russas de grãos parecem ter diminuído devido à guerra na Ucrânia, nesta atual temporada, tais exportações de setembro foram de 5,12 milhões de toneladas de trigo, seja uma queda de mais de 23% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Considerando essas exportações de grãos da atual temporada agrícola, 1º de julho, de 14,1 milhões de toneladas, foram motivadas pela queda de 30% em relação aos três primeiros meses da temporada anterior, bem como pelas exportações mantidas, expectativas crescentes da safra de grãos deste ano, e da concorrência no mercado internacional, interpelando o Brasil a fazer parte desta parceria ganha-ganha.
O Brasil e Marrocos, unidos por uma geografia de exportações e importações, diminuindo entre 51 países; e só no mês de setembro do ano passado, foram 31 países no mês passado, referendo cao caso do Egito, liderando a lista de compradores russos de grãos, com mais de 960.000 toneladas, seguido pela Turquia, importando 660.000 toneladas.
A Líbia ficou em terceiro lugar, com 351.000 toneladas, enquanto outros importadores envolvendo, Bangladesh, Arábia Saudita, Sudão, Iraque e Vietnã, os quais influenciaram as tarifas do produto.
Das quais a tarifa do trigo francês foi diminuída de 1,7%, para US$ 227 por tonelada, e o trigo americano de 0,4%, para US$ 226, e o trigo russo de 1,7%, para US$ 230 por tonelada.
Tal situação do trigo russo, o qual foi exportado durante todo o mês de setembro sem desconto na média de 3 dólares, considerado o mais caro do que o trigo europeu, afetando o volume de vendas e a geografia das exportações.
Quanto ao Brasil, ele continua concorrendo com as exportações ucranianas, sobretudo os grãos, diminuindo em setembro em mais de 6,5% em comparação com as exportados em agosto, aproximadamente 25% em comparação com setembro do ano anterior, 3,7 milhões de toneladas, de acordo com dados divulgados pela União Ucraniana de Negócios Agrícolas.
Por fim, o Marrocos foi mantido posicionado firmemente, ciente das circunstâncias nacionais e internacionais, guerras e conflitos comerciais, manifestações sociais, produtos exportados pela França, Ucrânia, Rússia e Brasil; em direcao a Marrocos, preso ao atraso na colheita em relação ao mesmo período do ano passado, e das taxas alfandegárias da exportação de alguns produtos, do qual interpela o governo brasileiro, sobre a prevê recuperação das exportações de produtos agrícolas nos próximos meses, e das necessidades pelos produtos e volume da safra em relação a Marrocos.

Autor:
Lahcen EL MOUTAQI, professor universitário, pesquisador sobre assuntos do Mercosul, Brasil e Marrocos

