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terça-feira, 23 de abril de 2024

Dicas para facilitar a adaptação das crianças na volta às aulas

O apoio da família e o acolhimento da escola podem fazer com que este momento seja repleto de experiências positivas

A primeira semana de aula desperta a ansiedade e muitas expectativas, inclusive por parte dos pais. No Colégio Franciscano Pio XII, instituição de educação localizada no bairro do Morumbi, em São Paulo, o início do ano para as turmas da Educação Infantil tem uma programação para facilitar ao máximo o acolhimento dos pequenos, com horários diferenciados, atividades sem a formalidade do papel, além dos pais poderem entrar no Colégio para deixar e retirar seus filhos.

“Esta ação, que fortalece a confiança entre pais e filhos, já transforma o ambiente, permitindo o relacionamento diário com a equipe”, diz Paula Neves Fava Bon, orientadora educacional da Educação Infantil do Colégio Franciscano Pio XII.

Para que essa etapa seja tranquila, as dicas a seguir podem oferecer o suporte necessário aos filhos nessa nova etapa e facilitar a adaptação ao novo ambiente escolar.

1 – Inicie o processo de adaptação desde cedo. “Caso a família escolha não colocar o filho na escola desde pequeno, orientamos sobre a obrigatoriedade legal da entrada aos quatro anos na Educação Infantil, dois anos antes da entrada no Fundamental, para que a criança possa ter contato pedagógico e sociabilização com colegas e professores, além de se acostumar com o ambiente escolar e sua rotina”, avisa a orientadora Paula.

2 – Acompanhe, se possível, a adaptação de seu filho. É essencial estar alinhado com a escola neste processo. No Pio XII, os pais têm um lugar para ficar, com internet, caso precisem trabalhar e café. “Eles podem ir até a sala do filho na hora que desejarem para acompanhar de perto todo o processo de adaptação. As crianças podem fazer o mesmo, ou seja, ir procurar os pais. Para os menores do G2 (crianças de 2 anos) e G3 (de 3 anos), alguns ainda precisam do apoio na sala de aula e aos poucos vão ficando mais à vontade e dispensando a presença física do pai ou mãe”, comenta Paula Bon.

3 – Respeite o tempo de adaptação de cada criança. Segundo a orientadora educacional, uma semana de adaptação costuma ser suficiente, mas é preciso respeitar o tempo de cada criança, sempre conversando com a família e, olhando e ouvindo esse aluno. “Dizemos às famílias que este é o momento mais importante do ano, pois aqui construímos a relação de confiança e respeito com seu filho e se por algum motivo quebrarmos essa confiança, teremos uma criança que poderá ficar insegura o resto do ano”.

4 – Mantenha os combinados com seu filho. Paula explica que a melhor maneira de negociar com o filho é mantendo as promessas que são feitas. “Os combinados de permanecer, seguir à risca os horários de adaptação, que são progressivos, e não mentir para a criança, dizendo que vai ficar e vai embora, são de suma importância de serem cumpridos”, salienta.

5 – Fortaleça o vínculo família-escola. É importante o apoio dos pais para que a criança encare esse processo de forma mais tranquila, promovendo a autonomia e transmitindo segurança. “Em alguns momentos, que percebemos que a dependência é da família, também vamos conversando e sinalizando que já podem deixar a criança e ir embora, que ligaremos caso for necessário. Com eles também devemos criar e cultivar uma relação de confiança”, afirma.

6 – A importância do acolhimento nos espaços abertos. Na escolha da escola, priorize instituições com ambientes de aprendizagem que vão além da sala de aula. Para lidar com o novo espaço de uma maneira menos impactante, o Colégio procura trabalhar menos com a sala de aula e aproveitar ao máximo sua extensa área verde. “O passeio pela fazendinha e o contato direto com os animais, idas à horta, por exemplo, fazem parte da programação”.

7 – Interação com o Colégio no período de adaptação. Já na sala de aula, a palavra de ordem é a informalidade. “Trabalhamos bastante com música, o que ajuda na descontração das crianças, bem como as atividades lúdicas que incluem brinquedos, iPads, massa de modelar, bolinhas de sabão e uma série de outros recursos que não introduzam de cara a formalidade do papel”, afirma a orientadora educacional. “Todo esse processo pode ser acompanhado pela família por meio de nosso aplicativo, onde as professoras postam fotos em tempo real das atividades que as crianças estão fazendo. Isso tranquiliza e encanta”.

8 – Continue acompanhando as atividades de seus filhos. Por fim, é importante que os pais continuem acompanhando com afinco as atividades do filho, mesmo depois da adaptação ao Colégio. “O mais interessante é que cada um é um e por isso vamos respeitando os jeitos e ideias de cada família. Temos um tempo de adaptação com grande movimento de adultos, mas sem choro e tristeza. Continuamos acreditando nesta ação como um diferencial de acolhimento e esse acolhimento vira relacionamento positivo, que promove a aprendizagem. Este é o olhar da educação socioemocional, onde trabalhamos para transformar”, adiciona Paula Bon.

Minicurrículo – Paula Neves Fava Bon: Pedagoga e psicopedagoga formada pelo Instituto

Presbiteriano Mackenzie. Atua na área da educação há 35 anos. Lecionou durante 15 anos (no ensino

fundamental anos – iniciais e na educação infantil) e está há 21 anos na orientação educacional, sendo os

últimos quinze anos no Colégio Franciscano Pio XII.

Sobre o Colégio Franciscano Pio XII

Fundado em 1954 com o compromisso educacional conduzido pela filosofia franciscana, o Colégio Franciscano Pio XII trabalha há 69 anos desenvolvendo de líderes como agentes de transformação positiva para o mundo, unindo conhecimento acadêmico e formação humana. Instalado em uma área de 179 mil metros quadrados com trechos de Mata Atlântica preservados, o Colégio oferece ensino desde a Educação Infantil até o Ensino Médio com opção para o integral e semi-integral, programa bilíngue, cursos em parceria com a University of Missouri, como Middle e High School, exames Cambridge English integrados ao currículo, treinamentos esportivos, além de projetos inovadores na área de Educação, como educação socioemocional e educação financeira.

Autora:

Marcela Martinez

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