Como gosto muito de escrever, sempre que aparece um curso de crônicas, prosa, poesia etc. logo me inscrevo! Até aí, nada de novo. O novo aconteceu na hora de preencher a ficha de inscrição, deparei-me com uma situação sui generis – nova pra mim e que foi muito engraçada, até mesmo tragicômica.
Fui preenchendo cada etapa: meu nome, número dos meus documentos, meu endereço, cor da pele, mas o que eu não esperava foi quando perguntaram o meu sexo: na minha cabeça junto com um sorriso maroto, a resposta, sou homem, uai, como diz o mineiro.
Acontece que na ficha não tinha essa opção: masculino e feminino. Tinha sim, uma série de alternativas que eu desconhecia – trans pra lá, trans pra cá, e uma série de outras opções. Aí, não teve jeito: a salvação foi conversar com o velho google para aprender como o mundo encara as diferenças sexuais nos dias de hoje. Levei um choque! Percebi o quanto atrasado eu estou. Os comportamentos humanos mudaram, bem debaixo do meu nariz, e eu nada vi.
Sim, atualmente, há uma série de alternativas, além do tradicional: masculino e feminino…
Graças a pesquisa pude terminar de preencher a ficha de inscrição: e de acordo com essa pesquisa, minha condição sexual é denominada – Cisgênero, que quer dizer que é a pessoa que aceita sua sexualidade biológica: Pênis para os meninos homens e vagina para as meninas mulheres.
Não é mais apenas colocar um x em apenas duas opções biológicas. Existem várias outras maneiras de encarar a sexualidade. Aprendi rápido e consegui me matricular.
E a Democracia e os Direitos Humanos, asseguram que cada indivíduo, possa viver como quiser, portanto, vou tratar possíveis colegas de curso, pertencentes a outros gêneros que desconheço com respeito…
Preciso me atualizar urgentemente porque seguramente em algum momento da minha vida me desconectei da evolução do comportamento humano. E tá difícil acompanhar essa evolução humana na sociedade, se é que se pode chamar de evolução.
Autor:
Jaeder Wiler