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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Frente da Polisario, referendo interrado

O saara marroquino, considerado um dos diferendos mais antigos da África, 1975,  volta a ser discutido no conselho da Segurança da ONU, neste final do mês de outubro 2023,  a espera de emitir uma resolução, onde a frente da Polisario,  grupo separatista, defende um estado árabe saharaui imaginário, em tindouf, sudeste de Argélia, almejado num contexto de guerra fria e colonialismo ocidental.

Ao que tudo indica que esta resolução da ONU não será diferente da sua antecessora, dadas manobras da Polisário e Argélia, na contenção da roda do processo político, das acusações separatistas levantadas por Mohamed Ammar, representante na ONU:

 “Política de terra arrasada por Marrocos”, são palavras da Frente, contrariando qualquer desenvolvimento do saara marroquino, ou qualquer processo de paz, estabilidade nas províncias do sul de reino, coincidindo com as aberturas de consulados de países africanos e câmaras de comércio, traduzindo um nível de produção comercial e industrial, situação que incômoda a frente da polisario, Argélia.

Neste contexto de resolução do conselho da Segurança, coincidindo com a presidência rotativa do Conselho de Segurança, coordendo pelo Brasil, cuja mensagem do separatista Ammar,  pontilhada pela tinta argelina, não  esconde qualquer  hostilidade em relação ao saara marroquino, sob muitas imprecisões e manipulações base da tese separatista.

Tal prega radicalismo ao encontro da história, da lógica e razão, dada proposta ideológica, do referendo enterrado pelas resoluções da ONU, o qual dificulta o processo da União Arabe, UMA, dos cinco países do Magrebe,  anseios a concretizar a unidade e o desenvolvimento, numa região instável e dilacerada por conflitos e guerras.

Tal separatismo do polisario base do referendo, tenta exercer uma pressão sobre ONU, através de Argel, denegrindo a imagem das províncias do sul do reino e o clima de desenvolvimento.

O “Marrocos denuncia as manobras dos separatistas, polisario, acusando de  demolir e destruir casas dos saarauis na cidade de Smara, com escavadoras”, tais manobras e práticas da Frente” não surtem efeitos junto a comunidade internacional, num contexto em que o fracasso da posição separatista e Argélia, visando a proposta marroquina de autonomia, apresentada para ONU, 2007, sendo pragmática e susceptível de  acabar de uma vez por tudo com o diferendo artificial do saara, de longa data.

Um passo desesperado e elegível

Interagindo com a mensagem de Ali Beida, presidente do sucursal regional, Centro Internacional da Defesa do plano da Autonomia para a região de Laayoune-Sakia El Hamra.

Diante disso “a liderança da Frente separatista Polisário, por trás o regime militar argelino, como de hábito,  tentou promover um conjunto de falácias sobre a guerra imaginária numa situação errônea, claramente improvisada para influenciar a decisão do Conselho de Segurança e desviar atenção das recomendações da ONU”, bem como sobre as verdadeiras propostas do reino.

“Nada mais do que um passo desesperado da confusão e aleatoriedade da liderança  na zona de Rabouni à luz das grandes vitórias diplomáticas do Marrocos”.

Sr Beida tem dito que “os intensos movimentos diplomáticos do Conselho de Segurança visam a pressionar no sentido de uma resolução que preserva uma saída do conflito sobre o Saara Marroquino, segundo o projecto da ONU, discutido nos últimos dias, consistente com o espírito da resolução anterior, cuja Argélia e Frente Polisario condenados e denunciados, sob o pretexto de desequilíbrio e preconceito em relação ao projeto de Marrocos.

O mais provável é que a resolução do Conselho de Segurança deste ano se aproxime mais do anterior, com uma linguagem mais rigorosa exigindo a presença da Argélia nas mesas redondas,  tendo em vista a referência mais clara da Proposta marroquina de autonomia, solução realista e aplicável.

Tal proposta  leva a Frente Polisario a tentar exercer pressão através de mensagens do referendo, enterrado pela ONI, ou  influenciar os membros da ONU, com tentativas desesperadas, de direitos humanos ou ajuda humana.”

Sobre as alegações da frente separatista, as violações dos direitos humanos no Saara marroquino, o sr, Beida considerou  “a questão dos direitos humanos constitui um assunto  da Frente Polisário que manipula por razões ideológicas, violando todos os direitos relevantes normas e convenções internacionais.”

Sobre esta questão, o confisco do direito de expressão e opinião pelos contra os detidos dos campos de Tindouf, os quais vivem numa grande prisão sem condições de uma vida digna e decente.”

As violações de direitos humanos, as mais perigosas que o mundo inteiro acompanha nos campos de Tindouf, sem direitos e liberdade de ir e ver, contra as províncias do saara marroquino,  que conhecem um processo do desenvolvimento, num contexto da falta de uma abertura da Frente que recruta e  obriga as crianças e menores a portar armas, contra Marrocos, em flagrante desafio a todas as resoluções do Conselho de Segurança e às convenções internacionais”.

Este grupo separatista promove, portanto, uma propaganda racial decorrente  do recrutamento de crianças para serviço militar, num crime denunciado internacionalmente e  violando o direito internacional das crianças nos conflitos armados”, onde a Polisario, facção separatista, utiliza contra as regras e resoluções dos direitos humanos.”

Falência política e tese de desvanecimento

Os sr Mohamed Salem Abdel Fattah, Presidente do Centro Saharaui de pesquisa considerou que a frente da Polisario levanta uma série de questões, o assunto da gestão das regiões do sul do Reino, o combate do desenvolvimento, dos problemas da erradicação da pobreza e produção,  unico meio para justificar o processo de entendimento conta a frente separatista.

Para o sr Abdel Fattah, a Polisario recorreu à muitas manobras e falácias relacionadas com questões de gestão social e produção de recursos naturais, dependendo da resolução da comunidade internacional”, o povo do Saara marroquino denuncia, então, todas  explorações políticas e ideológicas, decorrentes da época da guerra fria.”. Justificando a proposta da frente separatista e Argélia, exagerando qualquer saída sob o disfarce de secessão.

Tais separatistas estão a promover tais manobras antes da sessão do Conselho de Segurança da ONU, dificultando o processo da extensão da missão da MINURSO para o Saara marroquino, confundir a resolução da ONU esperada no final deste mês, uma vez que todos as indicações apontam que tal resolução não vai servir aos interesses da Polisário.

A proposta separatista, referendo, ultrapassado e enterrado pela ONU,  criticado pelo conteúdo do relatório do Secretário-Geral da ONU, comparado com a posição e os esforços de Rabat a serem destacados como principal proposta para sair do diferendo.

Concluindo assim que a Polisário tenta superar os desafios e o desrespeito dos direitos humanos, que a comunidade internacional denuncia, dadas soluções impossíveis da Frente, a implementar no terreno, contra as questões sociais e de direitos humanos no saara marroquino, a título de casos isolados, numa clara indicação do desvanecimento da tese separatista.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI    
Professor universitário-Rabat, Marrocos

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