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segunda-feira, 22 de abril de 2024

Brasileiros tem a conta de luz mais cara e lidera ranking comparativo com 33 países 

Na América Latina, o país encontra-se bem distante do identificado como o Chile e a Costa Rica

Segundo dados divulgados nesta segunda-feira (09), em média os brasileiros comprometem 4,54% da sua geração de riqueza anual para o pagamento da conta de luz residencial. O valor é um dos mais altos do mundo. Para se ter uma ideia, os espanhóis têm uma média de 2,85% e os alemães de 1,72%. Na América Latina, o país fica na frente de economias emergentes, como o Chile (2,65%) e a Costa Rica com (2,76%). 

Os dados foram apurados e divulgados pela ABRACE (Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia e Consumidores Livres), a entidade considerou as tarifas residenciais de 2022, consolidadas no serviço de dados da Agência Internacional de Energia e o PIB (Produto Interno Bruto) dividido pelo número de habitantes, calculado para o mesmo ano pelo FMI – Fundo Monetário Internacional. 

Os brasileiros pagaram em média US$ 34 (R$ 176,50) em média por 200 KW/Hora no ano passado, um valor parecido com o desembolsado pelos poloneses que foi de US$ 34,39 (R$ 178,50). Ocorre que a nossa renda per capita estava na faixa de US$ 9.000 enquanto no país do leste europeu era de US$ 18.000.

Segundo Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios: “O valor de 5% da riqueza anual é muito alto para uma conta de necessidade básica. É necessário que o brasileiro faça um planejamento financeiro para organizar suas contas, reduzindo assim a grande fatia do faturamento anual para uma conta básica”.

Para ilustrar ainda mais, na Turquia, cujo PIB é muito próximo ao do Brasil, a energia custou praticamente metade da brasileira, na casa de 2% da renda. A Abrace explica que o custo da tarifa sofre variação de acordo com as diferentes fontes de energia. A guerra da Ucrânia, por exemplo, inflacionou o preço do gás. Boa parte da energia brasileira vem das hidrelétricas, como no Canadá, que tem 60% da energia oriunda das hidrelétricas. 

Lamounier ressalta que esta dívida deve constar nas despesas fixas e que todo mês ele deve se basear nos gastos do último mês, observar se houve aumento da alíquota e provisionar o mais próximo possível do imaginado. 

“Mapeie sua renda total separando despesas fixas no seu orçamento. Além disso, esquematize as despesas variáveis como alimentação, transporte e gastos com saúde, e organize as dívidas e pagamentos, como parcelas de empréstimos e cartão de crédito. Essas ações irão beneficiar o seu salário mensal e anual”. 

Dentre os itens que deixam a conta de luz mais cara para os brasileiros em 2023 estão: os tributos e os principais subsídios. No caso de atraso das contas, observe sempre o prazo limite que a distribuidora concede para evitar cortes desnecessários e que depois no caso de religação ou religação urgente, o cliente terá que pagar uma taxa extra pelo serviço que pode variar até 60% do valor da fatura. 

Autora:

Daniele Ferreira

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