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segunda-feira, 22 de abril de 2024

A Flor Na Calçada

Eu encontrei uma flor numa calçada quando estava caminhando de um longo passeio de volta para a minha casa. Aquela flor era tão bela e colorida que fiquei parado olhando pra ela. Não sei quanto tempo passei naquele namoro, até que despertei da minha fascinação e continuei caminhando, assoviando uma canção que só os ouvidos da minha mente escutavam. Continuo me lembrando daquela flor até agora, e sinto vontade de voltar ao mesmo lugar para ver se ela ainda continua vicejando naquela calçada. Já se passou 1 mês, talvez eu encontre mais flores como aquela nas proximidades do local onde ela estava plantada se eu procurar, mas eu não gostaria nem nas minhas piores alucinações de tirar fotos delas caso as encontrasse, pois o meu coração é muito sensível, e fazer isso seria como arrancar da minha alma um diamante precioso, deixando-me pobre no lugar onde ser pobre é mais doloroso. Digo isso porque fotografias da natureza  vieram de repente à minha mente. Para mim tais fotografias são valiosas quando nos mostram lugares que não conhecemos. Se eu já tivesse visitado alguma das belas paisagens apresentadas em fotos, eu não daria muito valor para elas, mesmo que fossem o trabalho do mais talentoso fotógrafo, pois a natureza vista com meus próprios olhos é para mim como um licor celestial servido numa taça de diamante, enquanto a fotografia é como se algumas gotas de algum potente alucinógeno fossem derramadas em tal licor por algum espírito vingativo da natureza.

Autor:     

Márcio Lobo

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