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terça-feira, 23 de abril de 2024

Morte indolor

19 No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.
Gênesis, de Moisés, cap. 3:19.

Que mentira, que horror!
Inventar a morte indolor
Se todo sentimento
É em todo momento
Uma ação espiritual.

“É preciso reinventar o amor, toda a gente sabe.”
Arthur Rimbaud (1854 – 1891).

Como pode alguém
Determinar um fim
Para quem
Não foi chamado ao Além?

“Minha alma imortal,
Cumpre a tua jura
Seja o sol estival
Ou a noite pura.”
Arthur Rimbaud (1854 – 1891).

Apelar para a Eutanásia
É naturalmente um crime
Que não redime
Quem a pratica.

7 E o pó volte à terra, como o era, e o Espírito volte a DEUS, que o deu.
Livro do Pregador, cap. 12:7.

Como pode um facultativo
Arranjar como motivo
Para o eterno alívio
A morte do corpo,
Se este composto
Também não morre,
Pois a vida o socorre
Com todas as células vitais
No diversos reinos materiais?

“Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.”
Lavoisier (1743-1794).
Químico e cientista francês. O Pai da Química Moderna.

É uma espécie de aborto
Contra um corpo
Que está sob o comando
Do Espírito Eterno
Que nenhum inferno
Pode matar.

“De novo me invade.
Quem? – A Eternidade.
É o mar que se vai
Com o sol que cai.”
Arthur Rimbaud (1854 – 1891).

Ele está ali
E não tem permissão de sair
Enquanto não chega a hora
De ir embora
Para o Outro Lado.

“A nossa pálida razão esconde-nos o infinito.”
Arthur Rimbaud (1854 – 1891).

O Espírito fica enfim
Esperando por perto
O momento certo
De cumprir o veredito
Que está escrito
No Livro de sua Vida.

A Eutanásia é portanto
Um homicídio;
É um tremendo ludíbrio,
Pois ninguém morre.

“Ela foi encontrada!
Quem? A eternidade.
É o mar misturado
Ao sol.”
Arthur Rimbaud (1854 – 1891).
Escritor francês.

Autora:

Zahira Zehava

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