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terça-feira, 23 de abril de 2024

Cuba: a Cúpula do G77+ China sob a nova ordem econômica internacional

A cúpula do G77 + China organizada em Havana, Cuba, país da América central, oficialmente República de Cuba, país insular localizado no mar do Caribe, da América Central e Caribe, é conhecida como subcontinente da América, compreendendo a ilha de Cuba,  da Juventude e vários arquipélagos menores.

Foram nos dias 15 et 16 de setembro 2023, que Cuba acolheu a cúpula do grupo G77+ China, envolvendo cerca de 100 países da Ásia, África e América Latina, mais de 80% da população mundial, reunida em Havana, Cuba, visando a estudar a nova ordem internacional, situações dos países sob as crises, condições e ameaças socioeconômicas no contexto da guerra ucraniana, das mudanças climáticas e consequências sobre os povos no mundo.

Lembra-se que cerca de trinta chefes de estado e  governo marcaram presença nesta reunião de dois dias (15 e 16 de setembro de 2023), a exemplo das figuras carismáticas e importantes, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, da Argentina, Alberto Fernández e colombiano, Gustavo Petro.

Muitos outros países marcaram presença, como o Irão, o Qatar, a Angola e a Índia.

Tal sessão de encontro foi aberta pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e pelo presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que ocupa a presidência rotativa do Grupo desde janeiro de 2022, tendo por objetivo promover um mundo com classes sociais de forma equilibrada.

Tal Grupo de países, formado desde 1964 por 77 países, encontra-se hoje com 134 estados, além da China, representada por Li Xi, membro do Comité Permanente do Politburo do Partido Comunista, a título de observador externo.

Esta sessão abriu-se sobre os desafios atuais, os que preocupam a ciência, a tecnologia e inovação,

Conforme o chanceler cubano, Bruno Rodríguez, na margem da conferência, quarta-feira passada, ele considera o projeto dos países latino-americano, uma forma de crítica aos principais obstáculos, do desenvolvimento dos países do Sul, engajando-se a adotar uma nova ordem econômica internacional.

Preocupando-se sobre como lidar com os fatos do subdesenvolvimento, comum e ameaça a  todos estes estados da Ásia, da África e América Latina?

A voz do Sul

Os países ocidentais os consideram do sul, porque eles são distantes das grandes potências, dos Estados Unidos, da Rússia, da China, da União Europeia, embora, eles estejam uma equação importante no equilíbrio internacional, como terceiro mundo, ou países em desenvolvimento, referidos sob o rótulo de “Sul Global”.

Lembrando que, Guterres, secretário da ONU, em relação  ao grupo do G77, referiu-se ao grupo, a título da voz do Sul Global,  maior agrupamento de países na cena mundial.

Tal facto, unindo estes países, no contexto das cimeiras e encontros internacionais, a exemplo da multipolaridade crescente no mundo, conforme o secretário-geral da ONU, base da cimeira dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), realizado em agosto a Joanesburgo, ou ainda do G20, constituindo o grupo das maiores economias do mundo, em Nova Deli, Índia.

Para Cuba, a organização deste evento trata-se de uma oportunidade para expor as forças, desafios e fortalecer as relações diplomáticas, face à difícil situação económica que Cuba atravessa.

A Havana, capital do país, acolhe este encontro internacional, no meio de dificuldades regionais e sob pressões dos Estados Unidos, e condições difíceis que a economia cubana enfrenta, em termos do Ministro cubano das Relações Exteriores.

Dada a lenta recuperação económica após a pandemia de Covid-19, as sanções americanas impostas a Havana desde 1962, com objetivo de fragilizar as estruturas internas,  agravar as crises socioeconômicas.

Diante de tudo isso, parece inacreditável que todas as ameaças e dificuldades que Cuba conheceu no nível nacional e internacional, permitindo que o país torna-se como interlocutor confiável, nos termos do Arturo López-Levy, investigador cubano em relações internacionais e professor, convidado, na Universidade de Madrid.

Finalmente, desde o início deste ano, o sr Diaz-Canel representando cubano no G77+China em diversas reuniões internacionais, defendeu o projeto cubano, tanto quanto em junho, na cimeira de Paris, sobre o novo pacto económico global, bem como em julho, na cimeira entre a UE e a Comunidade de Estados Latino-Americana e Caribe (CELAC) em Bruxelas.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário- Rabat, Marrocos 

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