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quarta-feira, 24 de abril de 2024

5 de setembro Dia da Amazônia  

Cinco coisas que você não imagina existir na Amazônia.

Praias de areia branquinha; um rio que parece mar; a mais alta cachoeira do Brasil; uma cidade perdida e uma farmácia natural no meio da Floresta… a Amazônia muito além dos clichês.

Alter do Chão, 5 de setembro de 2023 – Que a Floresta Amazônica é fundamental no equilíbrio e regulação de todo o clima do planeta já sabemos. Tanto que, com o objetivo de reforçar a mensagem da preservação, foi instituído em 2007 o “Dia da Amazônia” – uma data de grande importância a qual celebra-se também toda a abundância natural e também sócio-cultural que envolve este precioso bioma. Diante da complexidade deste território, há ainda muito para conhecer e aprender. Para além do açaí, da mandioca, das árvores-gigantes, bichos e demais clichês que norteiam a Amazônia, selecionamos cinco curiosidades que você não imaginaria existir por lá. 

1. Praias de areia branquinha

A partir de agosto, os rios amazônicos começam a baixar fazendo surgir praias em suas margens e também bancos de areia bem no meio de seus cursos. Este fluxo de vazante se estende até meados de dezembro, durante o chamado “verão amazônico”, período mais seco o qual as chuvas são menos frequentes. Os tons de verde denso floresta contrastam com o branco clarinho das praias, formando paisagens únicas principalmente na região do rio Negro e do rio Tapajós, onde o turismo fica mais movimentado nesta época. Um convite e tanto para esticar sua canga e curtir banhos de sol intercalados com refrescantes mergulhos no rio.

2. A maior cachoeira do Brasil

Nas montanhas do estado do Amazonas, o Parque Estadual Serra do Aracá esconde a maior cachoeira do Brasil, a do El Dorado, de 360 metros de altura. O volume de água cai de um desfiladeiro de cânions cobertos por uma densa vegetação e morada de distintas espécies de pássaros, formando um cenário quase irreal de tão belo. A porta de entrada para conhecê-la é o município de Barcelos, no Alto Rio Negro, a 534 km quilômetros de Manaus. Desde o vilarejo, são quase quatro dias de caminhada floresta adentro e é preciso contratar uma empresa ou guias especializados que conduzem uma expedição onde se pernoita acampando na mata, até chegar à grande queda d’água. 

3. Uma cidade perdida

Navegando pelo rio Tapajós sentido ao sul, mal se espera que, num certo ponto de sua margem esquerda, você encontrará ruínas de uma das mais importantes passagens históricas do Brasil: a cidade de Fordlândia, que no início do século 20 viveu o apogeu da produção da borracha como o maior exportador do mundo. Há quase cem anos, o industrial norte-americano Henry Ford estabeleceu ali um ambicioso empreendimento para extração do látex, para fornecer à ascendente indústria automotiva mundial da época. Para tanto, criou uma excêntrica réplica tropical de um vilarejo nos moldes das pequenas cidades dos Estados Unidos, bem no meio da selva amazônica. O local tem preservado o casario e o maquinário e a KAIARA Amazônia propõe um roteiro de 5 noites, visitando estes pontos de interesse na companhia de um historiador. 

4. Um rio que parece mar

É impossível navegar pelo Rio Tapajós e não sentir-se como estivéssemos no meio de um oceano. Pois a coloração azul, por vezes esverdeada, deste curso d’água de volume gigante e 840 quilômetros de extensão só reforça esta percepção A tonalidade se dá por causa da grande quantidade de ácidos orgânicos resultantes da decomposição da vegetação em suas margens. Contornado por bancos de areia em parte do ano, o clima de praia é total.

5. Uma farmácia de medicamentos naturais

Segundo dados do MMA – Ministério do Meio Ambiente, a Amazônia abriga mais de 2.500 espécies de árvores e 2.000 espécies de plantas – grande parte de utilidade na alimentação, bem como na extração de óleos a fins cosméticos e medicinais. Andiroba, copaíba, pracaxi, jucá, anani, uxi… ativos que vêm sendo usados por séculos pelos povos que habitam a floresta cujos conhecimentos ancestrais são passados de geração para geração. Novamente a bordo da KAIARA Amazônia, quase todos os seus roteiros levam ao Rio Arapiuns, afluente do Tapajós, onde se visita a comunidade do Atodi, cujas líderes comunitárias – todas elas mulheres – surpreendem ao revelar sobre os benefícios e as propriedades de cura das plantas encontradas na floresta. Em sua farmácia artesanal, elas vendem estes produtos naturais que auxiliam desde inflamações até problemas intestinais.  

Autora:

Marina Valle

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