27.3 C
São Paulo
quarta-feira, 1 de maio de 2024

Casos conjugais complicados de A a Z, em ordem alfabética

Introdução

Bigode, garçom do restaurante Casa Colombo, ouviu duas mulheres falando sobre casos amorosos quando um amigo juntou-se a elas. Falavam da tal Álvara, que namorava de Alceu, amante de Clarice. Álvara falou do fim do seu romance à Carolina, cortejada pelo médico dr. Clayton, casado com Daisy, uma dentista irlandesa. O professor e cronista apelidado Vernáculo Abecedário por escrever frases em ordem alfabética com palavras iniciando com a mesma letra, notou que eles eram os protagonistas daqueles casos amorosos. Quando começou o show das bailarinas, ele pediu café, escreveu algo e foi embora. Vi tudo, mas nada entendi. Então Bigode me deu o papel que Vernáculo deixou sobre a mesa, compreendi e agora compartilho.

O causo

Álvara Alves, auditora atuarial alfandegária, ama Alceu Alvarenga, astuto advogado autônomo. Ardiloso, advogou alhures, armou arapucas, adulterou álibis, alcovitou amigos ambiciosos, amparou assassinos. Almeja ansiosamente a autossuficiência. Álvara assuntou amigas acadêmicas auscultando atentamente autêntico alvoroço assaz alarmante abrangendo Alceu. Aflita, Álvara abandonou aquele amado aloprado. 

Bacharel beligerante, bígamo, bronqueou bastante, bradou besteiras, buscou bares, bordéis, boemia, beliscou beldades, bebeu, badernou. Baita bobagem!

Clarice Cardoso, cantora country, combinou café com Carolina Coelho, consultora contábil. Confessou caso com causídico criminal. Clayton Carvalho, charmoso cardiologista, cabelos castanho claro, constantemente corteja Carolina. Carente, Clayton chegou cedo, com cara carrancuda, cético com casamento conflituoso. Completamente constritos, consultaram complexo cardápio Casa Colombo. Confidências cabulosas continuaram.

Divorciou-se de Daisy Daniels, dama deveras depravada de Dublin. Demoníaca dentista deixou dívidas devastadoras. Desiludido, duvidou do desastrado desfalque. Disfarçou desapontamento doentio dançando desolado.

Engasgou experimentando empadinhas em excesso. Esperto, engoliu estimulante eficaz e expeliu exageros evitando espasmos, enjoos e entumecimento estomacal escandaloso. 

Filosofou frívolas frases firmes focando fatídico fracasso. Falsa fidelidade, figura farsante, fugas! Felizmente fofoca fuleira findou. 

Grogue, grunhiu gaguejando graves grosserias. Gerou gases, guinchou graúdas galhofas genéricas gratuitamente gerando gargalhadas grotescas.

Homem honesto, honrado, habilidoso, humorado, hipocondríaco, herdara histórico hotel havaiano. 

Infiel irlandesa imputou-lhe imprecações inverídicas, imprudentes, indiscutivelmente indecentes. Impávido, ignorou infame incidente impedindo imediatamente ilícita investida internacional. 

Jantaram javali. Juntos, juraram jamais julgar jocosa jararaca. 

Lindos lábios, luxuosa lingerie, look letal, la louca lambisgoia locupletou-se lesando laborioso liberal. 

Matreira, maledicente, muquirana, maldita mulher migrante manipulou maravilhoso médico. Malgrado! Merecia melhores momentos. 

Noivado nauseante, na nervosa noite nupcial nada normal, negou-lhe nuances nostálgicos. Namorar neurótica novamente, nunca! Nem ninfeta nudista, nem nívea norueguesa nobre.

Olhos opacos outrora obscenos, orgulhosa odontóloga ordinária ostentava ótima ourivesaria. 

Paisagens paradisíacas pitorescas pintadas por pintor polonês propõem paz, porém pérfida profissional protética prescrevia procedimentos prosaicos para pacientes pobres provocando princípios peristálticos.

Qualquer querência quebra quando querelas, quiçá queixosas, quedam questões químicas quixotescas questionáveis.

Respeito? Resiliência? Rancor? Restou resignação retórica ridícula, ruidosa. Reconciliação romântica requer reconhecer reciprocamente rude realidade. Relevar raivosa rameira repugnante representa risco real.

Subitamente, surgiram soberbas saltitantes senhoritas sorridentes. Surreal simpatia, seis safadinhas souberam socializar sensualmente sambando suavemente sobre suas sapatilhas. 

Tenras, tentadoras, travessas, torsos tênues, tornozelos torneados, todos transeuntes tremeram transbordando trôpega tribulação tentando traduzir tamanho talento. 

Uau! Utópicas, universais, uniformes, únicas, unicolores, ungidas, uivavam uníssonas ultrajantes ufanias.

Vida volátil. Visitantes vangloriaram-se verdadeiramente vendo vistosa versatilidade. Vernáculo veio, viu, versou, verbalizou, vazou. 

Xenófobos xeretas xingaram, xexelentos xavecaram. 

Zarpei zoado, ziguezagueando, zunindo zombeteiramente.  

Laerte Temple
Laerte Temple
Administrador, advogado, mestre, doutor, professor universitário aposentado. Autor de Humor na Quarentena (Kindle) e Todos a Bordo (Kindle)

8 COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio