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segunda-feira, 6 de maio de 2024

Fevereiro roxo: campanha reforça a conscientização sobre o alzheimer

Mesmo sem cura, a doença pode ser prevenida e o tratamento melhora a qualidade de vida dos pacientes  

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 55 milhões de pessoas vivem com algum tipo de demência, sendo a mais comum a doença de Alzheimer, que atinge sete entre dez indivíduos nessa situação no mundo todo. Com o envelhecimento da população, a OMS alerta para a tendência de um aumento nesse número que merece atenção. 

No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam que em torno de 1,2 milhão de pessoas têm a doença e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Ela costuma aparecer no público 60+ como um processo lento e progressivo. As doenças neurodegenerativas apresentam perfis similares, no caso do Alzheimer, um conjunto de neurônios sofre um processo defeituoso, que se inicia anos antes das manifestações da doença, e começa a morrer. 

“A doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, representando cerca de 60% a 80% dos casos. É um tipo de doença cerebral lentamente progressiva cujas patologias marcantes são o acúmulo de uma proteína chamada beta-amilóide fora dos neurônios e dos emaranhados da proteína tau dentro dos neurônios”, explica a médica geriatra Dra. Poliana Souza, cofundadora do canal Longidade. 

A especialista ainda complementa que a doença tem início cerca de 20 anos antes do surgimento dos sintomas, com alterações que inicialmente são imperceptíveis para a pessoa afetada até que essas alterações sejam suficientes para causar danos às células nervosas em partes do cérebro envolvidas no pensamento, aprendizado e memória, levando à perda de memória e problemas de linguagem, como dificuldades em lembrar conversas, nomes ou eventos recentes, que costumam ser queixas iniciais. 

“À medida que a doença progride, neurônios de outras partes do cérebro também sofrem danos e outros sintomas surgem, como comunicação prejudicada, desorientação, confusão, falta de discernimento e alterações comportamentais”, diz Polianna. 

A cura para o Alzheimer ainda não foi descoberta, por isso a prevenção e o diagnóstico precoce são apontados como os melhores caminhos. Estudos mostram que manter estímulo mental, evitar obesidade e pressão alta ajudam a adiar o desenvolvimento da doença, assim como gerenciar o estresse, praticar exercícios físicos, ter boa qualidade de sono e outras práticas saudáveis no dia a dia. 

“Cultivar bons hábitos de vida é a chave para um envelhecimento saudável. Além dos cuidados com a alimentação, o sono e a prática de atividades físicas de forma regular, cultivar relações de afeto, estar em contato com a natureza e com outras pessoas e ter propósitos para o futuro influenciam diretamente na saúde do corpo e da mente”, finaliza a geriatra. 

Caso os sintomas mais comuns comecem a aparecer, como a falta de memória para assuntos recentes, repetição da mesma pergunta várias vezes, dificuldade em realizar tarefas diárias, é importante a procura de um profissional o quanto antes para que o tratamento correto seja iniciado e haja uma melhora na qualidade de vida do paciente, retardando ao máximo a evolução da doença para um quadro mais grave.  

Coordenadores do Projeto Longidade
Médica Geriatra Polianna Souza
Médica geriatra pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESPFormação em Cuidados Paliativos pela Asociacion Pallium LatinoamericaFormação pelo Curso Avançado em Oncologia Geriátrica pela Sociedade Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG)Áreas de atuação em Dor e em Cuidados Paliativos pela Associação Médica Brasileira-AMBMembro do Comitê de Bioética do Hospital Israelita Albert EinsteinMédica do Grupo de Suporte ao paciente oncológico do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert EinsteinSócia fundadora da Oncogeriatria Brasil EnsinoCoordenadora da Pós Graduação em Oncogeriatria do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa Albert Einstein.
Nutróloga Andrea Pereira
MD, PhDMédica Nutróloga do Departamento de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein;Cofundadora e coordenadora da ONG Obesidade Brasil e do projeto Longidade;Doutorado pela Endocrinologia da UNIFESP em Obesidade e Cirurgia Bariátrica;Pós-doutorado pelo Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa;Pós-doutorado em andamento pela Medicina Esportiva da FMUSP sobre obesidade, câncer de mama e exercício;Autora do livro “Dieta do Equilíbrio: a melhor dieta anticâncer”.
Médica oncologista Lucíola Pontes
Médica oncologista do Centro de Cuidado em Oncologia e Hematologia HcorCofundadora da Oncogeriatria Brasil Chair do Grupo LACOG Oncogeriatria Formação Executiva em Mercado da Longevidade pela FGVDoutoranda pela Escola Paulista de Medicina – UNIFESP
Consultor de Marketing José F. Silva Jr
Administrador de EmpresasMBA em Gestão EmpresarialEmpresário na área de Marketing e Consultoria em negóciosProprietário da Akademy Marketing – Agência de MarketingProfessor Universitário em disciplinas de marketing e empreendedorismoMembro da Neurobusiness Society
Ortopedista Dr. Sérgio R. Costa
Formação em Medicina pela Escola Paulista de Medicina-UNIFESP, 1992-1997.Especialista pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT e Associação Médica BrasileiraEspecialização em Cirurgia do Joelho e Artroscopia – Escola Paulista de Medicina – UNIFESP/HSPPós-graduação-Mestrado em medicina, Ortopedia – IOT da FMUSP , 2013.Membro de sociedades nacionais e internacionais:-Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia–SBOT | Sociedade Brasileira de Cirurgia de Joelho-SBCJ | Sociedade Brasileira de Artroscopia-SBA- Sociedad Latinoamericana de Artroscopía, Rodilla y Traumatología Deportiva – SLARD | Internacional Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine- ISAKOS | American Academy of Orthopaedic Surgeons – AAOS
Médica Hematologista Morgani Rodrigues
Médica Hematologista e do Transplante de Medula Óssea do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE)Médica responsável pelo Ambulatório Multidisciplinar de seguimento pós-transplante de medula óssea e de doença do enxerto contra o hospedeiro no Hospital Israelita Albert Einstein Mestre em Ciências da Saúde na área de Envelhecimento pelo Hospital Israelita Albert EinsteinEspecialização em Neurociência pela Universidade de São Paulo (USP)Membro da Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea – SBTMO.Membro da Sociedade Internacional de Oncogeriatria – SIOGCurso Avançado em Oncologia Geriátrica pela Sociedade Internacional de Oncologia Geriátrica (SIOG) e pela Università Cattolica del Sacro Cuore, Roma – Itália.

Autora:

Karine Bastida

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