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quarta-feira, 17 de abril de 2024

Sobre Arquitetura e Urbanismo Temáticas Culturais: O Projeto de Urbanismo

O Projeto de Urbanismo, é um Projeto desenvolvido principalmente pelos Arquitetos e Urbanistas dos órgãos públicos competentes para este fim, ele pode também ser desenvolvido por Profissionais Arquitetos e Urbanistas da iniciativa privada, selecionados através de licitação pública, o que nos dias de hoje, no século XXI, acontece com mais frequência que em anos anteriores.

O Projeto de Urbanismo geralmente tem uma extensão maior que os Projetos Arquitetônicos, por este fato, eles também são representados em uma escala de representação gráfica escalar maior.

Pode ser classificado como Projeto Urbanístico vários tipos de Projetos, entre eles, Loteamentos, Bairros Planejados, Cidades Planejadas, Vias, Praças e diversos Espaços Públicos abertos de uso coletivo, geralmente descobertos.

Estudos de Morfologia Urbana estudam à Forma Urbana, de forma Dinâmica e Estática, ou seja, estuda os espaços construídos, e também seus processos de mutação. E neles, às Quadras, os Lotes, o Sistema viário e às Edificações. De forma estatística, se usa como principal ferramenta para o uso de análises desses Espaços Urbanizados os Projetos de Urbanismo e também os Projetos de Arquitetura, Plantas Baixas, Cortes Esquemáticos, Fachadas, Detalhes Construtivos, Mapas Georefenciados,  enfim, todas as possibilidades de análises do Planejamento desses Espaços Construídos (a depender do tipo de análise investigativa que esteja se fazendo), Elementos Gráficos Projetuais esses, em escala, e também Perspectivas (Desenhos em 3D) e Maquetes Eletrônicas, a fim de ser estudada à Paisagem Urbana desses espaços. Como percebemos, estudos de Morfologia Urbana compreendem estudos de Projetos Arquitetônicos e Urbanísticos, seus elementos compositivos, a sua interação, a comunicação entre esses Projetos de Arquitetura e de Urbanismo, e às mutações desses espaços.

Sabemos que o Conceito de Polis, Cidade Estado, nos remete a um Conceito de uma organização de um Recorte Territorial, administrado necessariamente por uma organização política, que deve também acompanhar o planejamento desses espaços territoriais, urbanizados (Enfatizando que esses espaços, do Conceito de Cidade Estado, podem ser considerados Urbanizados ou não, porém, com certeza teve o objetivo de um planejamento de uma rede de infraestruturas, almejando um planejamento territorial dessa cidade.) Espaços esses, não necessariamente considerados Urbanizados, devido a uma possível falta de um considerado Planejamento Urbano, ou Processo de Urbanização das Cidades, nesse caso, podemos citar como exemplo, às Cidades de Campo, geralmente Cidades mais Antigas de nossas civilizações. Recorte Territorial esse, que  com certeza, havia um planejamento prevendo setorização de áreas e gestão desses espaços, visando uma organização de determinada dada Sociedade, características essas que também estão inseridas nesse conceito de Cidade Estado.

Sabemos que à História do que se chama hoje Arquitetura e Urbanismo é uma História Milenar, e que teve início primeiro no Oriente e depois no Ocidente, devido às Américas serem continentes mais recentes. É assim que à História da Arquitetura e do Urbanismo mundialmente é ensinada, em todas às Faculdades de Arquitetura e Urbanismo, tomando-se como partido Arquitetônico e Urbanístico, os Projetos de Arquitetura e Urbanismo dos Continentes mais antigos do mundo, mais antigos que às Américas, que são à Europa, Ásia e África, que são o berço das primeiras Cidades e exemplos do que se constituiu do que chamamos hoje de Estudos de Planejamento Urbano e de Arquitetura.

Um dos princípios de todo Planejamento Urbano e Arquitetônico é à Legislação Urbana Local, para ser executado todo Projeto de Arquitetura e Urbanismo tem necessariamente  que ser aprovado pelo órgão público competente para tais aprovações, para que então o Projeto seja liberado para construção. 

Para um melhor desempenho de Planejamentos de Projetos Arquitetônicos e Urbanísticos, é desejável um entendimento do todo de uma organização territorial, como o abastecimento de infraestruturas públicas e serviços públicos, como educação, habitação, saúde, segurança, saneamento básico, podemos nos inspirar para a elaboração desses planejamentos, tendo atenção às políticas e discursos políticos dessa nova geração da política nacional e internacional, pós existência da Bauhaus, da primeira faculdade efetivamente dos atuais chamados estudos de Arquitetura e Urbanismo, por serem profissionais que também entendem de um todo no tocante às necessidades organizacionais dos territórios de cidades, de suprimento de infraestruturas e serviços públicos e sua gestão, sem o necessário entendimento técnico em Arquitetura e Urbanismo, enfatizo que é de minha opinião que deem atenção aos políticos das novas gerações de políticas, dos novos partidos políticos, para estudos de Planejamento Urbano, pois de fato em um mundo mais contemporâneo tivemos muitas transformações nos espaços construídos de Cidades, que antes eram muito menos Urbanizados.

Os Políticos discutem em encontros mundiais, esses assuntos sobre infraestruturas e suprimento de serviços públicos, a fim de sanar quaisquer problemáticas no tocante a eles, entre outros assuntos. A exemplo disso temos muitos tópicos sobre questões relacionadas à Arquitetura e Urbanismo, na Agenda 30, da ONU, que é uma Agenda que pretende dar atenção a 17 temáticas, que são 17 Objetivos que se pretende que sejam alcançados até o ano de 2030, e suas metas e diretrizes saíram desses encontros mundiais  que tiveram a presença e participação de muitos líderes políticos mundiais, além de intelectuais de várias áreas.

No Brasil, destacamos que na atualidade temos muitas Cidades Planejadas, praticamente em todas as regiões do país, com destaque relevante para à Cidade de Brasília, atual capital federal do país.

A Minha Opinião Política sobre o Regime Político da Monarquia, visão como Arquiteta e Urbanista, e estudiosa de Sustentabilidade, ou seja de questões sociais, econômicas e ambientais é que com a queda da Monarquia em vários países nas décadas e centenários anteriores a nossa contemporaneidade, houveram grandes conquistas arquitetônicas e urbanísticas, com o ganho de democracia mundialmente e com o surgimento de constituições, leis, sindicatos, ONG’s e outros meios de defesa dos direitos humanos em várias áreas,  houve uma melhor distribuição de renda na Sociedade aonde foi abolido este tipo de regime político, houve também uma grande melhoria na qualidade de vida da Sociedade, principalmente no tocante a abolição da escravidão, e surgimento dos novos tipos de sistemas financeiros, e do surgimento de novas moedas de valor, também da criação dos sindicatos dos trabalhadores e demais políticas citadas acima, o que possibilitou, peculiarmente no ramo da hoje chamada Arquitetura e Urbanismo, meios e condições que possibilitaram à Sociedade a praticar atividades em Arquitetura e Urbanismo, antes neste regime político da Monrquia, praticamente só realizadas pelas elites da época, pelos grandes fazendeiros, os ditos grandes donatários de terras. Mesmo depois da abolição desse regime político, em vários países, ainda haviam muitas leis e políticas que não permitiam à Sociedade de determinadas classes sociais abaixo das elites a entrarem nessa área de atuação profissional,  da Arquitetura e Urbanismo, então, é de minha opinião, que, os profissionais da área lutem pela democracia do nosso país, e também nos países que adotam este tipo de regime político, para o próprio bem dos profissionais dessa área a terem autonomia e possibilidade legal de praticarem essas atividades profissionais, desta área, Arquitetura e Urbanismo.

Como percebemos, estudos de Planejamento Urbano, são mais complexos que estudos de Arquitetura, muitas vezes, e abrangem estudos em uma escala maior, em um entorno do sítio do projeto em uma escala maior que em estudos de Arquitetura. E estudos de Planejamento urbano por tratarem em sua maioria de projetos para territórios de acesso público, merecem estudos sociais mais completos, de renda local, faixa etária,  muitas vezes de índices de violência local, estudos de população local por gênero, para que se façam análises para suprimento de infraestruturas de Equipamentos Urbanos, por exemplo, de saúde, educação, segurança, lazer, habitação, para que seja possível, fazer o seu dimensionamento, e Memorial Justificativo, da necessidade de determinado equipamento em determinada dada localidade, por exemplo.

Também podemos dizer que Projetos de Urbanismo, por tratarem de uma abrangência maior, visam mais atenção às questões sociais, mais estudos de estatísticas da Sociedade e territoriais no que tange às reflexões sociais, por tratarem de planejamento de espaços públicos, que vão ser usados, por toda parcela da população, se desejarem, muitas  vezes, e por todas às classes sociais, 

No que se refere a investimentos, que relacionam-se às questões do pensar no pilar econômico de estudos de Sustentabilidade, por exemplo, podemos dizer que em sua grande maioria esse tipo de Projeto, Projeto Urbanístico, é executado e planejado com recursos do Governo, verba pública e costumam ser mais honerosos que os Projetos corriqueiros Arquitetônicos, por tratarem de atender um maior território e terem dimensões maiores que os de Arquitetura, geralmente.

E, já que, em sua maioria tratam de espaços abertos, com menos edificações, em uma forma geral, afetam o solo em um primeiro momento, esses Projetos Urbanísticos, do que os Projetos de Arquitetura, no tocante à pavimentação mais diretamente e objetivamente falando, o que acontece com mais frequência e extensão territorial dessa primeira intervenção no solo natural dos territórios, geralmente, nesses Projetos Urbanísticos em relação aos Projetos Arquitetônicos. Com isso, podemos dizer que esses Projetos de Urbanismo, podem contribuir de uma forma mais abrangente do que os Projetos de Arquitetura, com uma eficiência maior em questões ambientais também, por exemplo, se tivessem atenção a estudos de Desenvolvimento Sustentável, devido as suas maiores extensões territoriais, no caso. Tratando-se ainda de atenção a estudos de Sustentabilidade em Projetos de Planejamento Urbano, podemos dizer, que nesses, em relação aos de Arquitetura, o pilar ambiental em relação a atenção à legislação ambiental e áreas de preservação, conservação, e proteção ambiental, ou seja, áreas de interesse ambiental merecem mais atenção e cuidados nesse projeto, pelo fato de os Projetos de Urbanismo, entre eles de parcelamento do solo, das Quadras, dos Loteamentos, acontecerem antes dos Projetos de Arquitetura e com isso merecem esse pensar inicial nesses projetos que antevem aos Arquitetônicos. 

É essencial a um bom planejamento de Projetos Urbanísticos um bom entendimento e estudo da topografia do terreno a ser projetado, prevendo os acessos de veículos e pedestres, a preservação da vegetação e águas naturais, os níveis dos pisos, platores, estudos de cortes e aterros, se necessário, entre outras questões, comunicação entre o sistema viário, passeios e os loteamentos, por exemplo.

Autora:

A. Org. Arq. Urb. Aline Cristinni Cardozo, Arquiteta e Urbanista, UFC (Universidade Federal do Ceará),  Pós-Graduação de Especialização de Docentes (PED), da ESPG, Escola Superior de Planejamento e Gestão, do Curso de Educação Ambiental e Cidadania, Distrito Federal. 
Não Concluído*

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