O São Paulo empata com o Ceará por 2-2 em jogo com dois gols anulados e muita conversa com o VAR; a Torcida tentou empurrar, mas no fim o gol de Mendoza selou o que acabou sendo uma noite desanimadora para o torcedor tricolor.
Começou como as melhores noites começam.
Um gol de Calleri logo cedo anunciava o que a torcida já cantava desde antes do apito inicial:
“Toca no Calleri que é gol!”
E foi.
Foram, na verdade, três vezes.
Mas duas foram anuladas.
Após esses três gols (que na verdade foram apenas um), o Ceará achou o empate.
A torcida instantaneamente começou a cantar.
Estavam lá para apoiar o São Paulo;
e assim fizeram.
Tão bem que a equipe fez mais um gol, com Rodrigo Nestor, ainda no primeiro tempo.
No intervalo, um torcedor me disse que terminava em 3-1.
Me contou também que quase não perdia um único jogo, há mais de dezoito anos.
Já se separou da esposa, mas jamais do São Paulo.
Coberto com uma bandeira tricolor e muita fé, cantou e torceu o segundo tempo inteiro.
Mesmo que a equipe não tenha jogado o que jogou no primeiro tempo.
E, por isso, foi punida com um gol do Ceará.
Um gol que o time mereceu, mas a torcida não.
A torcida que eu conheci em 2006, quando visitei um estádio de futebol pela primeira vez.
E vi uma coisa que muitos dos que torcem para o São Paulo apenas sonham em ter visto;
um gol de falta do Rogério Ceni.
Rogério, que no sábado eu vi de novo no Morumbi, desta vez como técnico.
O Uber que me trouxe de volta do estádio (e que também estava lá) o culpou pelo empate e queda de perfomance no segundo tempo.
Concordo com ele.
Mas para mim, pouco importa.
Vi o que eu queria ver.
Vi o torcedor tricolor.
O vi cantar, o vi sofrer.
O vi por inteiro,
nas arquibancadas do Morumbi.