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terça-feira, 16 de abril de 2024

Após empate eletrizante por 2-2, o Guarani é eliminado nos pênaltis pelo Vila Nova, na Copa do Brasil.

O que poderia ter sido uma noite histórica marcada por muita luta de uma equipe que nunca desistiu, acaba ficando apenas nos sonhos dos vários torcedores que apoiaram o clube do início ao fim, mesmo após a eliminação.

Um garoto torcedor do Guarani se utilizou de todo seu vocabulário para xingar a arbitragem no jogo de ontem.

Esse garoto estava com a família entre os muitos presentes no Brinco de Ouro para presenciar o que seria o primeiro confronto da Copa do Brasil nesse estádio em mais de 10 anos.

De longe, era o mais fanático da família.

Talvez empatado com o pai, que não segurou a emoção no gol que também empatou o jogo para o Guarani.

Nem ele, nem nenhum dos outros ali presentes.

Torcedores do Guarani chegando no estádio. Fotografia pelo repórter.

O gol que levou a partida para a cobrança dos pênaltis veio de um chute de um jogador que acreditou.

A torcida já estava gritando para o time chutar a bola no gol fazia muito tempo, mas ninguém parecia ouvir.

Até que Giovanni Augusto, que já havia feito o gol que abriu o placar, decidiu escutar os pedidos e chutou uma bela bola, que ainda contou com a trave antes de entrar na rede.

Foi um momento de explosão intensa, onde todos os torcedores sentiram tanto alívio quando a bola entrou quanto tensão, pois a partida ainda não estava ganha.

Torcedores aguardam cobrança de pênaltis. Fotografia pelo repórter.

Longe disso.

Iria para o que muitos chamam de loteria.

Sorte.

Mas uma disputa de pênaltis é mais que isso.

Tem que ter qualidade, confiança e, também, sorte.

Claro que tem que ter.

Principalmente sorte de ter um jogador errando antes de você ir para a cobrança; o peso parece menor dessa forma.

Torcedores do Guarani no estádio. Fotografia pelo repórter.

Mas independente de como os jogadores estavam se sentindo, os torcedores estavam tensos.

A cada cobrança do Guarani, silêncio no estádio – até a hora do gol.

A cada cobrança do Vila Nova, uma imensidão de barulhos que você imaginaria que Campinas inteira estava escutando.

Infelizmente, a “zica” não adiantou.

Mesmo não sendo torcedor, estando ali, eu queria muito que tivesse dado.

Imagino como a torcida do Guarani iria reagir.

As celebrações com certeza invadiriam o dia de hoje, e o estádio teria ido abaixo.

Não foi assim.

As cobranças acabaram, a torcida aplaudiu a equipe, e se foi.

Arquibancada vazia após o fim do jogo. Fotografia pelo repórter.

De repente, se escutava um barulho que não foi ouvido ao longo do jogo todo:

A torcida do Vila Nova, que devia ter entre 12 a 15 fanáticos pelo clube, comemorando a classificação com os jogadores da equipe de Goiás ainda em campo.

A imagem que fica é a do jovem torcedor.

Não vai se lembrar desse jogo como um em que o Guarani se classificou.

Mas, no futuro, vai lembrar desse jogo como algo que fez com sua família.

Um jogo que viu com seu pai, que lhe contou sobre quem estava no camarote acima de nós entre outras curiosidades da equipe e do estádio.

Torcer é assim.

Nem sempre nosso time vai vencer.

Mas sempre iremos torcer.

E lembrar de quem torceu conosco.

Torcedor do Guarani, em transe após o empate do seu time. Fotografia pelo repórter.

Siga @20torcidas para acompanhar de perto como foi esse jogo e muito mais!

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