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quarta-feira, 20 de março de 2024

Com um placar de 0-0, a Portuguesa só saiu vencedora pelo desempenho de sua torcida

No jogo contra o XV de Piracicaba no dia 23 de fevereiro, a equipe demonstrou força de vontade e é a clara candidata para o título e a promoção à série A1 do Paulista, pela primeira vez desde 2015.

Quando se entra no Canindé pela primeira vez, como eu, o choque é instantâneo.

Você se sente menos em um clube e mais em uma extensão do bairro de mesmo nome, com os portões abertos e um simpático bar de esquina repleto de torcedores da Lusa.

Monumento de Fundação da Portuguesa, dentro do clube. Fotografia tirada pelo repórter.

Logo pela entrada, uma belíssima capela em homenagem à Nossa Senhora de Fátima, reformada e com a cruz que habita o símbolo imponente na porta de vidro escuro.

Pouco depois você já chega na Taberna Cais do Porto, um reduto português de petiscos e cervejas no qual nem consegui entrar, de tão cheio que estava. Todos torcedores na espera do jogo, em uma competição que significa muito para o futuro do clube.

A Portuguesa não viveu bons momentos na década passada, e para essa década de agora o projeto é de recuperar a glória do clube. Ano passado, disputaram a série D e foram bem, mas não conseguiram o necessário para avançar para a série C, e esse ano não jogam a competição nacional.

Estádio uma hora antes do início da partida. Fotografia tirada pelo repórter.

Porém, uma promoção para a série A1 do Paulista, e a permanência por pelo menos um ano, dão o acesso para a série D, mesmo que não vençam novamente a Copa Paulista neste ano, como faz parte do planejamento do clube.

Os torcedores da partida estavam bem otimistas.

Um deles, Pedro Ferreira, chegou a sugerir um placar de 2-0.

E mesmo demorando para chegar – muito provavelmente por estarem ocupando os bares no entorno e dentro do clube – os torcedores compareceram na medida do esperado.

Em meio a torcida “casual”, as muitas famílias e gerações de torcedores da Lusa, estava ali a Leões da Fabulosa, a organizada da Portuguesa.

Membros da Organizada da Leões da Fabulosa organizam a faixa antes da partida. Fotografia tirada pelo repórter.

Foram os responsáveis por manter o time animado e até mesmo cobrar a participação da torcida em mais de uma ocasião, querendo que a equipe sentisse a energia ecoando no estádio próximo às margens do que um dia foi o Rio Tietê.

Lugar perfeito para um time que, também, já foi tão maravilhoso e encantou massas ao redor de São Paulo e do Brasil.

Time que, diferente do Tietê, ainda tem chances de se recuperar; e muitas.

Torcedores ansiosos esperando por um gol que, no fim, não veio. Fotografia tirada pelo repórter.

Grande parte dessas chances existem por conta do apoio da Leões, que faz 50 anos de idade neste sábado, dia 26 de fevereiro, e comparece em todos os jogos e acredita demais na recuperação da equipe.

No jogo, não conseguiram empurrar o time para a vitória, pois esbarraram na tática puramente defensiva e, alguns diriam, catimbeira do XV de Piracicaba.

Adiantou, pois conseguiram sair de São Paulo com 1 ponto, mesmo com uma equipe inferior à Portuguesa, que buscou o jogo durante todos os minutos de jogo.

Esbarrou na trave e no travessão, mais de uma vez.

Assim como esbarrou na trave para o acesso à série C no ano passado.

Mas, em breve, acredito que isso vai passar.

Afinal, é como grita a apaixonada torcida, que mais parece uma grande família:

“A Lusa nunca vai morrer – NUNCA!”

Torcedores deixam o estádio após o empate, carregando a bandeira da Portuguesa. Fotografia tirada pelo repórter.

*Desde o dia do jogo em questão, a Portuguesa enfrentou o Velo Clube e venceu por 1-0, fora de casa.

Ela segue na liderança e agora faltam poucas rodadas para confirmar o acesso à série A1.

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