Ela caía.
Ela se levantava.
Cair era exceção.
Levantar, a regra.
Tinha dinheiro para viver.
Nada para gastar.
Gastava, ao invés disso, o tempo.
Fazendo o que gostava.
Sempre algo diferente.
A verdadeira mulher de fases.
Tudo mudava.
Tudo passava.
Só não passava seu sorriso no rosto.
Este, tão eterno quanto sua vontade de levantar.
O resto, era resto.
Se preocupar?
Sempre.
Deixar de sentir?
Jamais.
Enquanto borbulha o Fernet con Coca,
Enquanto passam os filmes,
Enquanto o amor a tocar,
Ela vai sentir.
E se cair?
Fácil.
Vai se levantar.