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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Bolsonaro: Sincero, Mas Errado!

“Com grandes poderes vem grandes responsabilidades”. Esta frase pertence a nada menos, que Albert Einstein. O mandatário da nação, o presidente Jair Messias Bolsonaro, nem se consultasse aos “Profetas de Baal”, jamais imaginaria, que as alegrias do poder seriam sequenciadas por tamanhas dificuldades. Nem o mais habilidoso “guru” imaginaria tempos tão difíceis, como os que se nos apresentam diversos cenários vividos no Brasil e no mundo.

Com certeza, a pandemia trouxe a tona, a realidade de um país há muito, esquecido e negligenciado por aqueles que passaram pelos “encantos” do poder, pois como na própria vida, se vai do céu ao “inferno” na mesma velocidade do tempo. Ou seja, dorme-se herói e acorda – se “vilão” ou vice-versa. Na política temos exemplos prementes e escancarados, de atores, os quais; de maneira rápida e veloz, passaram de um estado a outro. Martin Lloyd Jones, um famoso escritor Inglês, escreveu uma obra, cujo título era simplesmente: “Sincero, mas Errado”. O título deste livro apresenta com muita
propriedade a característica do presidente Bolsonaro.

Qualquer brasileiro, consciente e vacinado, contra os extremos políticos, seus polos e suas jactâncias ideológicas, sabe que o mandatário maior dos poderes constituídos, tem boas intenções e busca, dentro de seu entendimento, o “melhor” para o Brasil. Torcer contra, simplesmente por uma ambição pelo poder, não representa de maneira alguma, o agir consciente daquele que deseja o bem do país, independentemente, da cor da bandeira política, hasteada no Palácio do Planalto ou da foto fixada nas diversas repartições públicas espalhadas Brasil a fora. Outro, célebre teólogo/pregador e escritor, Charles Haddon Spurgeon, considerado em seu tempo, o “Príncipe” dos pregadores, tamanha era sua capacidade elocutiva e oral, cujas mensagens transformaram multidões nos tempos avivalistas vividos em especial, na Inglaterra e Estados Unidos. Este homem da Palavra, dizia com muita propriedade: “Seja cego de um olho e surdo de um ouvido”, este conselho de Spurgeon, certamente é factual e contextual, no momento político, pandêmico e econômico. Bolsonaro é extremamente sincero, quando diz, por exemplo, que o recolhimento imposto pelos governadores e prefeitos, Brasil a fora, redundaria, numa grande crise econômica. E, as crises provenientes da pandemia trouxeram à luz, as debilidades administrativas, sociais, políticas e estruturais, pois; Bolsonaro também é vítima de seus antecessores, suas políticas e seus desmandos. Certamente ser revestido de tamanhos poderes, também, a conta a ser paga é a gigantesca responsabilidade. Uma coisa não se pode negar, Bolsonaro tem boas intenções, a própria demissão do presidente da estatal do petróleo, é uma clara manifestação de descontentamento com as políticas, até então implementadas.

Bolsonaro age corretamente, em buscar meios para desonerar a população mais pobre, conquanto; o povo já esteja com a corda no pescoço. A bem da verdade, por detrás das cortinas da política em Brasília, há um mundo de interesses dos mais diversos e inimagináveis. No que tange à demissão do
Presidente da Petrobrás, Bolsonaro é sincero, pelo viés humano, mas equivocado, quanto às regras que permeiam o direcionamento normativo imposto pela economia. O presidente da República pode ter sido sincero, quando nomeia vários pares militares, com suas patentes e estrelas, a cargos de primeiro e segundo escalões, na máquina governamental, porém; se equivoca, por exemplo, deixando a cargo de um militar, as ações de estado, quanto à pandemia e às ações a ela, relacionadas. Por outro lado, Bolsonaro precisa ser “cego” de um olho e “surdo” de um ouvido, no que se refere aos
“apoiadores”, muitos dos quais; querem mais ver o circo pegar fogo, do que, propriamente achar soluções aos problemas crônicos de um país tomado por crises. E o “auxílio” também, é sincero o presidente, quando se preocupa com o aumento da dívida pública, quando teme o enquadramento dentro da Lei que limita os custos e gastos ligados aos atos do poder executivo, porém; cometerá
um crasso erro, se deixar mais uma vez, o ônus maior da crise econômica, recair sobre os ombros da população mais pobre.

Em seu tom “militarizado” e sua forma tosca de se dirigir às pessoas, em especial, à imprensa, Bolsonaro é sincero, quando diz que há, uma gana representativa dos meios de comunicação em desgastar sua imagem pessoal e política, porém; erra, ao atacar jornalistas e órgãos de imprensa, ainda que seja verdadeira, uma préindisposição por parte de alguns jornalistas, a deturpação de sua imagem e suas políticas, ligadas às áreas da comunicação.

Como pode se ver, o presidente é sincero em suas atitudes frente ao legislativo, porém; erra, na relação com outros poderes, ainda que, já demonstre um comportamento acompanhado de uma postura, menos radical e mais consensual. Menos extremista e mais proximal. A pandemia não estava
nos planos de ninguém, mas com certeza; estragou os planos de toda gente, aqui no Brasil, como em todo o mundo.

A postura a ser adotada, não é a do radicalismo de direita ou esquerda, não é, a politização religiosa, preconizada por “líderes” religiosos, que mais querem aparecer do que, contribuir para a busca de soluções. Há um endeusamento desenfreado da “democracia”, como se ela, resolvesse todas as
nossas demandas, há um culto à democracia, quando na verdade, uma teocracia, seria uma das alternativas mais viáveis, menos honorárias e muito mais salutares, pois; “feliz é a nação cujo Deus é o Senhor”. Que Bolsonaro seja realmente “cego” de olho e “surdo” de um ouvido, a fim de que,
compreenda clara e divinamente, qual o caminho em que se deva andar, e uma vez, conhecido o caminho. Ande por ele.

Claudinei Telles
Telles
O autor é mestrando em Educação. Filósofo, Teólogo, Pedagogo, licenciado em Letras, Historiador. Neuropsicopedagogo, Orientador Educacional, Psicopedagogo, Especialista em Ciência da Religião, Especialista em Teologia Bíblica. Atuou como Teólogo (Igreja Batista), além de Professor de Teologia. Também, é autor do Livro: "As Quatro Estações e a Vida Cristã (períodos Ciclicos) Entre eu e Deus. Editora: Autografia, Rio de Janeiro, 2024.

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