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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Parece, mas não é: revestimentos simulam a estética dos originais, ajudam a economizar e criar efeito visual nos ambientes

Com a experiência em explorar as diversas possibilidades disponíveis no mercado, a arquiteta Rosangela Pena mostra como substituir elementos por outros que propiciam resultado semelhante, tanto na estética, como na praticidade na decoração

Já se foi o tempo em que os revestimentos eram quase todos iguais, padronizados e com pouca variedade. Por conta do avanço tecnológico, são cada vez mais democráticos, uma vez que sempre há um modelo que se adequa ao gosto e a proposta do décor. Entre aqueles que fazem ‘sucesso’, as versões que simulam a estética de outros materiais estão em alta, uma vez que reproduzem os padrões com perfeição para agregar em personalidade e conforto aos ambientes.

De acordo com a arquiteta Rosangela Pena, à frente do escritório que leva o seu nome, por muito tempo as chamadas ‘imitações’ de revestimentos não eram bem-vistas na área da arquitetura e interiores. “Até hoje, muitos clientes e profissionais ainda não aceitam essa substituição, mas de modo geral essa percepção mudou, uma vez, a depender da proposta do ambiente e o material especificado, a aparência consegue ser até mais real e mais bela que o original”, argumenta.

Mas por que pensar na possibilidade de substituição?

 
Neste projeto, a arquiteta Rosangela Penna aplicou o recurso de simular outros materiais em duas situações. No primeiro ambiente, o piso parece mármore, mas na verdade é porcelanato. Já no segundo, a estética do brick na parede e, na verdade, se trata do revestimento concreto, da Castelatto. | Foto: Sidney Doll

Essa possibilidade de se obter o mesmo visual por meio de outro elemento é uma boa alternativa para buscar determinado resultado, mas por conta do custo não conseguiria adquirir o original. Com preços mais acessíveis, é possível alcançar a estética e aproveitar a praticidade de aplicação e limpeza. “Eu gosto de considerar mudança quando o local em si não permite a aplicação do original, seja por questões de funcionalidade, custo manutenção e, muitas vezes, até pela preferência“, explica a arquiteta.

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Quais são os materiais mais replicados?

No projeto desse dormitório, a arquiteta Rosangela Pena considerou a aparência de madeira para o piso, que foi prontamente alcançada por meio do porcelanato | Foto: Sidney Doll

Atualmente, as inúmeras opções permitem que profissionais de arquitetura e seus clientes mergulhem na criatividade. As imitações vão desde painéis em MDF até os porcelanatos e pisos vinílicos, que reproduzem, fidedignamente, os efeitos do cimento queimado, mármore, madeira, pedra e, tecido, entre outros.

– Madeira: ?o caminho é investir em revestimentos que reproduzem a textura com exatidão, tais como o porcelanato, vinílico e o laminado.

Pedras: Os materiais que reproduzem o efeito do recurso natural são excelentes alternativas, pois garantem o aconchego e preservam o meio ambiente.

– ?Cimento: Tendência nos projetos, pode ser replicado a partir de tintas e porcelanatos. Além da facilidade na aplicação e a manutenção, também evita as indesejáveis trincas que a técnica do cimento queimado pode resultar.

– Mármore: Com seu alto custo, a pedra preferida pode ser eficazmente substituída pelo porcelanato, sem abrir mão da elegância e sofisticação que o mármore agrega aos projetos.

Quais vantagens que podem trazer?

No quarto de casal, toda a face da parede, onde a cabeceira foi apoiada, revela a cor e textura da parede parece couro. Entretanto, a arquiteta Rosangela Pena elegeu um revestimento melamínico| Foto: Sidney Doll

Uma das vantagens dessa troca é a redução do impacto ambiental. Muitas vezes, resíduos e gastos excessivos de matéria prima podem ser prejudiciais e a busca por soluções menos nocivas ao meio ambiente tem se tornado uma demanda de profissionais e moradores. A praticidade é outro ponto positivo, já que essas peças costumam ser fáceis de limpeza e instalação por meio de mão de obra. Por fim, a economia é um dos fatores decisivos, haja vista que um grande número dos naturais apresenta valores elevados.

 Vale tudo?

Na bancada da cozinha, o revestimento da bancada aplicado pela arquiteta Rosangela Pena lembra muito o metal oxidado. | Foto: Sidney Doll

Rosangela ressalta que, ainda assim, a troca de alguns elementos não são bem aceitas. Um deles são as plantas, uma vez que as naturais também contribuem com o ambiente devido ao processo de fotossíntese. “Com a biofilia super em alta, justamente pelo desejo de conviver com a natureza viva, as plantas artificiais enfrentam muita resistência“, conclui.

Sobre a arquiteta Rosangela Pena 

Arquiteta e Urbanista formada pela Universidade Cruzeiro do Sul, Rosangela Pena comanda o escritório de arquitetura e interiores em São Paulo; atuando há mais de 20 anos na área, visando integrar sofisticação, funcionalidade e conforto para dar vida à projetos inovadores e contemporâneos com uma qualidade excepcional. A equipe do escritório Rosangela Pena Arquitetura é formada por um time de profissionais bem entrosados e competentes, sendo cada um uma peça fundamental para o funcionamento do escritório como um relógio.

Autor:

Leonardo Sandoval

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