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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Marcella Maia atriz que trabalhou na Globo, realiza cirurgia de emergência no rosto para retirada de silicone industrial Presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgia Plástica (CBCP) e Cosmiatria Dr. Diovane Ruaro esclarece sobre os riscos

A atriz e cantora Marcella Maia concedeu uma entrevista para a Com Brasil TV nesta semana contando um pouco do sofrimento que viveu onde precisou fazer uma cirurgia de urgência para retirar o silicone industrial de sua face, segundo a artista ela precisou fazer o procedimento cirúrgico na Colômbia e contou alguns detalhes: “Tinha um pedaço no meu olho e ainda estou com o rosto paralisado. Os médicos não sabiam o que era e por sorte, o pior não aconteceu comigo, mas eu estava com uma bomba relógio em meu rosto. Prestem muita atenção e cuidado com o silicone industrial”.

Conversamos com o Presidente do Colegio Brasileiro de Cirurgia Plástica (CBCP)  Dr. Diovane Ruaro

Exatamente como a atriz perfeitamente coloca ” são vítimas do silicone industrial “. Independente de saber ou não que estão usando, são vítimas.

Silicone industrial é um composto químico que nunca deveria ser usado para fins estéticos, não tem aprovação em nenhum local do mundo e é crime o seu uso.

Vale  destacar que o Silicone Industrial não é fabricado para uso médico. Por isso, não é esterilizado, é muitas vezes é injetado em condições e com material também inadequado, em sua grande maioria das vezes são realizados por não médicos e em locais não apropriados, como salões de beleza ou até cômodos de apartamentos e casas próprias .

 Se desconfiar do local, se for feito sem as mínimas condições de assepsia e limpeza e se o profissional não for da área médica e capacitado , desconfie, já é uma dica . 

O valor também, geralmente são preço muito mais atrativos que quando se usa ácido hialurônico ou PMMA.

A atriz realmente teve sorte pois foi diagnosticada e atendida a tempo, mas diariamente inúmeras mulheres, muitas delas menos privilegiadas sofrem as consequências das escolhas erradas de optar por uso de substâncias injetáveis sem saber a procedência ou mesmo sabendo. Silicone industrial sempre causará problema, mais cedo ou mais tarde. Quanto mais quantidade for colocada, mais grave e mais riscos à saúde.

O silicone reage com os tecidos em volta, gerando inflamação crônica, dor e alterações residuais importantes, e como nesse caso até causando tumoração.

 E sofrem com as sequelas para o resto da vida.

Os preenchedores médicos, aprovados pela Anvisa, são o PMMA (definitivo), o Ácido Hialurônico, e hidroxiapatita de cálcio ou o acido polilático (temporarios), cujos nomes comerciais podem ser facilmente encontrados na Internet. 

O Silicone medicinal injetável é proibido no Brasil.

Necessário  alertar a população dos riscos dessa prática que não se trata de procedimento médico e sim de crime contra a vida é que deve ser combatido com rigor pelas autoridades policiais.

Autora:

Viviane Alexandre 

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