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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Estudo entre Conselho educativo e Unicef aponta violência e assédio sexual nas escolas marroquinas

O sistema educacional do Marrocos coabita entre o sistema público e privado, sob a temática do ensino francófono e árabe. Tal  sistema educacional é dividido em 4 etapas: – Pré-escolar de 2 anos (de 4 aos 6 anos)- Primário a partir de 6 anos (de 7 aos 13 anos), – Colégio 3 anos (de 13 aos 16 anos). E Ensino Secundário 3 anos (de 16 aos 18 anos).

Tal sistema educacional sofre de uma série de problemas, relacionados, entre os quais a cobertura insuficiente dos serviços educacionais, desigualdades de gênero e as margens de repetência e abandono, além de violências e práticas agressivas no meio escolar..

A este título, um estudo oficial sobre a violência no meio escolar foi realizado pelo Conselho Supremo de Educação, da Formação e Pesquisa Científica, 2023, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), apontando abusos e violência entre os alunos nas escolas marroquinas, através do assédio sexual.

Tais dados deste estudo, a ser apresentado num simpósio internacional, previsto pelo Conselho Superior de Educação, da Formação e Investigação Científica, sublinhando que os “actos de violência verbal, como o sarcasmo, xingamentos e insultos, constituídos por práticas cotidianas e habituais nas instituições escolares”.

Cerca de três alunos do ensino primário, envolvidos no estudo, os quais são “expulsos devido aos títulos injuriosos”; enquanto 55,9% dos alunos do ensino médio, sobretudo do sexo masculino, sublinharam ter sido submetidos ao ridículo e insultos em diferentes niveis.

A violência no meio escolar no Marrocos não se limita apenas à violência verbal, mas também à violência física.

Tal estudo de campo, sob a supervisão da Comissão Nacional de Avaliação do Conselho Superior de Educação, da Formação e Investigação Científica, considerou que 25,2% dos alunos do ensino primário, envolvidos no estudo, confirmando ter sido vítimas de espancamento e 28,5% ter sido empurrado.

Em relação a porcentagem de alunos do ensino médio, aqueles que afirmaram ter sido espancados são de 25,3%, enquanto que 37,4% foram empurrados com a intenção de machucar.

Tal estudo refere-se  aos alunos, aqueles que são os mais vulneráveis ??aos aos atos de violência física em comparação com as alunas.

Além disso, o estudo afirma que os alunos são cada vez mais expostos a uma violência obsessiva, furtos simples e assédio sob ameaça de apreensão de seus pertences pessoais, cujas práticas de violência são as mais generalizadas.

A taxa de exposição dos alunos do ensino primário à violência obsessiva é 27,1%, enquanto a taxa dos alunos do ensino secundário é de 38,6%.

O estudo acrescentou que o roubo sob ameaça e a destruição de pertences pessoais afeta os alunos, e alunas em proporções semelhantes de modo geral.

De acordo com os resultados do estudo, os alunos de instituições privadas urbanas são menos propensos ao roubo sob ameaça em comparação com seus colegas de escolas públicas urbanas.

Tal estudo instou que a violência digital afeta negativamente sobre alguns alunos, podendo ser agravada devido ao uso crescente de tecnologias de comunicação digital.

Nas escolas primárias, segundo o estudo, 8,3% dos alunos foram expostos a postagens de spam nas redes sociais. Enquanto no ensino secundário, 8,6% dos alunos revelaram ter encontrado suas fotos e vídeos pessoais publicados na Internet ou nas mensagens textuais.

Os resultados do estudo oficiais, publicados pelo Conselho Supremo de Educação, da Formação e Investigação Científica revelaram a prevalência do assédio no meio escolar marroquino, e que o estudo em questão  estabeleceu “ao dizer que o assédio é generalizado nas escolas e estabelecimentos”.

Com os chifres, 15,2% dos alunos do ensino fundamental e 29,7% dos alunos do ensino médio relataram ter sofrido assédio em suas escolas. Entre eles, 34% dos alunos do ensino primário e 25,4% dos alunos do ensino secundário afirmaram terem confirmado que o assédio foi de natureza sexual.

Contrário ao roubo sob ameaça, o mais prevalente nas instituições educacionais públicas em comparação com escolas privadas, os alunos da instituições privadas e aqueles nos meios urbanos são os mais que tendem propensos a denunciar assédio do que seus pares nas instituições ou estabelecimentos públicos existentes nas zonas  rurais, e de acordo com o estudo.

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário, Rabat, Marrocos

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