Acostumada a ser dona da sua própria história, ela não se atrevia a demonstrar seus sentimentos para qualquer pessoa.
Por mais que aparecessem vários pretendentes para ela, isso não lhe apetecia porque ela amava estar em conexão consigo mesma e sua liberdade de ir e vir eram vitais para ela.
Empoderada, sabia o caminho das pedras para conquistar suas presas, mas se desvencilhava com a mesma facilidade delas.
A leveza com que via a vida, a deixava tranquila em não seguir em frente quando percebia que qualquer tipo de sentimento poderia brotar de um encontro.
Por mais que ficasse animada com um cortejo ou algo parecido, ela não se dobrava a qualquer tipo de conquista. Ela sabia que havia um preço a ser pago por aquilo e ela não tinha nenhuma intenção de se desfazer da sua maior conquista que era sua liberdade.
Quando ela pressentia a presença de alguém que pudesse mexer com seus sentimentos, o sinal de alerta vermelho ligava na hora e ela, por mais que quisesse viver aquela paixão, se esquivava por achar que ainda não era o momento.
Ela não tinha pressa, ela queria viver a vida com plenitude, curtir a sua liberdade de não ter nenhuma corrente a impedindo de correr livremente para onde quer que quisesse.
Ela queria desfrutar da sua liberdade como nunca antes havia feito e se sentia feliz assim.
Mas, o fato de sentir-se assim, não significava que ela não sentisse algo por alguém.
Sim, ela sentia e muito, mas não estava disposta, ainda, a abrir mão do controle que ela tinha sobre sua própria vida.
Ela não sabia até quando ia controlar aquela independência que sentia que tinha sobre seus sentimentos, mas, aquilo não importava para ela.
O que importava mesmo era viver a vida intensamente, mas sem pressa de encontrar um porto seguro.
Suspirando aliviada, ela riu de si mesma e brindou a liberdade de poder ser quem ela tanto sonhou um dia em ser naquele momento: livre!
Autora:
Patricia Lopes dos Santos
