25.2 C
São Paulo
quinta-feira, 25 de julho de 2024

O poder brando e relações internacionais

O poder brando ou suave, conhecido em inglês como (soft power), define a capacidade de um Estado a persuadir outros países, evitando o uso da força ou coerção.

Ultimamente as pesquisas concentram-se sobre o poder do “gás” e  petróleo, em termos de consequências e efeitos sobre a guerra na Ucrânia, face às reações dos Estados Unidos e aos aliados ocidentais.

A Rússia tem acordado de um coma que durou muitos anos, em razão das dificuldades sob a apreensão de fundos nos bancos ocidentais, sucessivas  sanções e barragens impedindo a Rússia de vender petróleo e gás.

O engraçado de tudo isso é que os aliados dos EUA são os maiores importadores de petróleo e gás russos e, portanto, comparados aquele que dá o tiro na sua perna! Mas eles têm pensado que a Rússia sofrerá o maior prejuízo e dano, ao ser privada de uma grande parte de sua receita principal.

De facto, a Rússia não foi privada de importadores, porque um dos mais importante é a China, o secretário do Tesouro dos EUA tem dito, alguns dias antes, que as sanções, ao contrário do que confirmam alguns especialistas, vão afetar fortemente as receitas da Rússia.

Conforme os especialistas nas energia, no comércio internacional e concorrência, o objetivo por trás disso é as dimensões estratégicas do conceito do poder brando”soft power”, cunhado pelo estrategista americano Joseph Nye, 1990, uma forma de supremacia ligado ao poder brando “soft power” nos Estados Unidos, dando a maior vantagem, é não só ao poder militar, mais também aos outros poderes.

Tal poder brando (Soft power), ele inclui entre outros poderes: poder econômico, poder científico, poder moral, esperanças humanas e humanidade americana, visando a atirar a juventude e estudiosos do mundo, por diferentes meios e artifícios, sem o uso da força no âmbito das relações internacionais.

Isto é num contexto, sem ameaça à segurança nacional.

O mundo considera os Estados Unidos como uma “oportunidade”, onde  goza de grandes oportunidades, suficiência e independência em termos de geográfica e estratégica, preservar os recursos naturais e tecnologias manufaturadas, além de ser o depósito mundial dos ativos.

O estrategista Nye apontou algumas  vantagens pelas quais os Estados Unidos podem utilizar em tempos de crise seu poder e até mesmo impor a reengenharia das relações em torno do mundo.

Desde a época da hegemonia (anos noventa do século passado), o especialista, Joseph Nye tratou das tendências depreciativas do governo dos Estados Unidos em relação aos outros, dada a força militar pronta no caso necessário.

Os Estados Unidos têm usado a força militar depois de 2001, mas em todos as partes, eles falharam sem alcançar, portanto o resultado, muito menos o que esperavam!

E assim que finalmente voltando aos elementos requisitos estudados por Nye, em relação ao poder brando (soft power) na América, percebe-se que muitos deles são desprezados, enquanto outros tendem a diminuir ou desaparecer.

Caso da Rússia, o seu poderio militar é grande, mas não pode ser como poder brando (soft power), baseiando-se sobre o petróleo, gás e produção de alimentos.

Se a Rússia não tem aproveitado do seu poder do gás e petróleo, qual o rol do Nordstream Linha 1 e 2?

Moscou alcançou um nível de convicção da força exponencial, motivo as posições da Alemanha que não mudaram devido a anexação do ponte cap, 2014, e da guerra da Ucrânia, 2022. Em consequência disso, a Alemanha se posiciona diferentemente, seguindo os Estados Unidos até o fim após a guerra, tentando refazer o seu exército, o qual não tem sido revisado desde os anos cinquenta do século passado.

Tal lição só pode ser aprendida no quadro da eficácia do poder brando “soft power” , limitado, do ponto de vista do presidente Putin e de seu pensador estratégico Alexander Dugin.

Aquilo necessita, segundo eles, certa paciência e tempo, ultrapassando as capacidades atuais da Rússia, aguardando os efeitos da estratégia do petróleo, do gás e alimentos sob a pressão, das cobiças e aspirações estratégicas da conjuntura!

Autor:

Lahcen EL MOUTAQI. Professor universitário-Marrocos

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Leia mais

Patrocínio