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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Lula viaja à China com um número recorde de empresários

A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China é uma oportunidade para o Brasil redefinir suas relações exteriores e reposicionar o país no cenário global. A viagem à China, que acontecerá entre os dias 26 e 31 de março, a convite do recém-eleito Xi Jinping, pode sinalizar um compromisso renovado do Brasil com uma política externa mais assertiva.

A China é o maior parceiro comercial do Brasil, e a visita de Lula destaca a necessidade de estreitar os laços entre as duas nações. A delegação terá cerca de 240 empresários brasileiros e promete pelo menos 20 acordos bilaterais. Com a crescente influência da China no mundo, o Brasil precisa fortalecer sua parceria com a China para se manter relevante no cenário global.

A visita de Lula à China também representa uma oportunidade para abordar a questão das mudanças climáticas e fortalecer ainda mais os projetos de ciência e tecnologia. Tanto o Brasil quanto a China têm um papel importante papel a desempenhar no combate às mudanças climáticas, e a cooperação entre os dois países pode resultar em um progresso significativo na redução das emissões de gás globais.

Uma área em que o Brasil poderia ter uma postura mais assertiva é no comércio internacional. O Brasil é um grande exportador de commodities, mas o país deve expandir suas exportações além de matérias-primas. Ao trabalhar mais de perto com a China, o Brasil poderia desenvolver uma carteira de exportação mais diversificada e expandir sua presença nos mercados globais. O comércio eletrônico internacional é uma excelente alternativa de relative baixo custo operacional, já que muitos produtos brasileiros, desde o açaí em pó até as pedras preciosas, são muito procurados pelos consumidores chineses. O país ainda não aproveitou essa oportunidade de exportar produtos de maior valor agregado para o maior mercado de e-commerce do mundo.

Outra área em que o Brasil poderia ser explorar é em energia renovável. Brasil e China têm uma longa história de desenvolvimento de diferentes fontes de energia renovável, e a presidência de Lula pode sinalizar um compromisso renovado de promover a proteção ambiental no cenário global. A troca de conhecimentos podem contribuir para o desenvolvimento de novas tecnologias e ampliar a produção de biocombustíveis, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis em ambos países.

Brasil e China compartilham muitos interesses e valores comuns fortalecidos pelo BRICS, e há um potencial significativo para uma maior cooperação entre os dois países. A visita de Lula à China é uma oportunidade para o Brasil redefinir sua política externa, desempenhar um papel mais ativo na formação de eventos globais e definir um novo escopo de cooperação com a China.

Autora:

Dra. Renata Thiébaut foi pesquisadora da universidade da universidade de Harvard (2018-2020) e reside na China desde 2005. Hoje ela é diretora da empresa de consultoria Green Proposition, trabalhando com umas das maiores empresas de internet do mundo, o Alibaba e a Tencent, e é professora titular na GISMA University of Applied Sciences.

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