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domingo, 16 de junho de 2024

A necessidade da educação financeira para evitar golpes e fraudes

Com estimativa de R$ 2,5 bilhões de prejuízo em abordagens financeiras criminosas em 2022, procuram-se maneiras de educar os clientes

Com o aumento de golpes e fraudes no país, algumas empresas estão adotando novas estratégias de comunicação com seus clientes, propondo a formação de redes de proteção contra essas ações, o foco é na educação financeira, para orientá-los a identificar e escapar de abordagens suspeitas. 

De acordo com a pesquisa realizada pela Serasa Experian, entre junho de 2021 e junho de 2022, houveram mais de 4,62 milhões de tentativas de fraude. Neste ano, somente no mês de junho, foram registradas 322,219 iniciativas do tipo, dentro delas 57,1% no setor de bancos e cartões, comprovando cada vez mais a necessidade de novas estratégias de segurança no mercado de pagamentos. 

Segundo o especialista Samuel Ferreira, CEO da Meep, empresa de tecnologia de meios de pagamento, existem alternativas de pagamento que são extremamente seguras e não correm risco de fraude. “A carteira digital é um meio de pagamento seguro, os dados pessoais são criptografados em um alto nível de proteção de várias camadas. Quando é realizada uma transação por aproximação, o empreendedor não tem acesso a nenhuma informação que está inserida dentro do aplicativo, ajudando a evitar qualquer tipo de fraude ao consumidor”, explica. 

Facilitar o consumo em um negócio é essencial para fidelizar clientes e atrair novos consumidores. Para Samuel, opções como o autoatendimento, pagamento cashless e a carteira digital, tornam-se cada vez mais populares devido ao nível de satisfação gerado ao cliente no quesito de segurança, “Com esses recursos é possível acompanhar o que foi vendido, as transações são creditadas na conta da empresa por meio de criptografia, evitando fraudes, e mesmo que o algum aparelho seja roubado, nenhuma informação pessoal pode ser acessada, já que é amparado por um eficiente sistema de segurança”.

No Brasil, a média é de que um brasileiro sofre tentativa de golpe a cada 16 segundos. Quando se trata de transações financeiras, surgem várias artimanhas para fraudar pessoas e também sistemas de estabelecimentos comerciais. Os golpes mais comuns são o da troca de cartão, do WhatsApp e o da falsa central. 

Dados da Serasa Experian revelam que em 2021 a abordagem online de golpistas aumentou cerca de 80% comparado à 2020. Dentre as ocorrências, o grupo mais afetado são pessoas de 36 a 50 anos representando 36,1% das vítimas. Na segunda posição, está o público de 26 a 35 anos, sendo 27,5% do total. Em terceiro, pessoas de 51 a 60 anos, com 14%. Depois, indivíduos de até 25 anos, com 11,4%  e por último o grupo de pessoas acima de 60 anos, com 10,9%

Para o especialista Fernando Lamounier, diretor da Multimarcas Consórcios, os golpes de hoje acontecem também com a ajuda da vítima. “A falta de conscientização de finanças na realidade do brasileiro abre brechas para que golpes e fraudes ganhem cada vez mais espaço no dia a dia. O erro comum é agir pela impulsividade, não colocando em perspectiva a  longo prazo suas atitudes e gastos. O golpista sempre vai tentar aproveitar da impulsividade psicológica devido à insegurança financeira pessoal, sendo assim, as maiores táticas que se pode ter para evitar situações do tipo são ficar sempre atento na hora das compras, analisar comportamentos suspeitos e manter a calma”. 

A falta de conscientização de riscos digitais não é apenas por parte do público, mas também atinge várias empresas brasileiras. Hoje, 57% das empresas no setor de finanças, seguros, varejo e tecnologia são alvos comuns de crimes digitais. As inovações que transformaram as relações comerciais e hábitos de consumo criadas por empresas pioneiras em serviços de aplicativos, enfrentaram desafios impostos pela tecnologia, relacionadas a cibersegurança e dificuldades operacionais dos usuários. No entanto, com os golpes cada vez mais sofisticados, toda essa inovação não foi suficiente para impedir as ações criminosas. 

Autora:

Daniele Ferreira

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