As Big Techs são realmente grandes, tanto que nem mesmo a violenta queda nas cotações de suas ações que ocorreu nos primeiros quatro meses de 2022 fez com que seus valores de mercado se aproximassem dos de grandes companhias de setores mais tradicionais, como bancos e petroleiras.
Mas o que se entende por Big Techs? São as empresas fortemente relacionadas com tecnologia da informação que no momento compõem o grupo chamado pelos americanos, grandes apreciadores de siglas, de MAATMAN: Microsoft, Apple, Alphabet, Tesla, Meta, Amazon e Nvidia. Essa última, fabricante de placas gráficas para computadores, acaba de chegar ao grupo substituindo a Netflix, tornando-se a oitava maior empresa americana em valor de mercado.
A Netflix, que não vive um bom momento, vale menos que um trigésimo da Apple, que por sua vez, vale 9 Coca-Colas, 14 Nikes, 25 Targets ou 42 Ubers.
Já a Meta, desvalorizou-se nesse ano um JPMorgan ou 8 Twitters, pelo qual Elon Musk pagou um preço que se reputa absurdo. A Tesla, por sua vez, a mais valiosa do setor automotivo, vale mais do que as 15 montadoras que a seguem, juntas.
Em resumo: as MAATMAN, em valores do início de maio, valem cerca de 10 trilhões de dólares, ou seja, mais de 10% do PIB de todos os países do mundo juntos. Em 2021, o PIB do Brasil chegou a cerca de US$ 1,5 trilhão, mais ou menos o valor da Amazon.
São, realmente, um perigo para a sociedade.
Autor:
Vivaldo José Breternitz, Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de IoT
