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terça-feira, 30 de julho de 2024

Estudos científicos comprovam efeitos do Yoga sobre a saúde mental e física

O Yoga pode parecer algo místico, mas digo sempre que Yoga pode ser considerado como “estilo de vida”. Uma forma que decidimos viver, olhar o mundo, as pessoas e a nós mesmas, cuidando de tudo com amor. Nesse estilo de vida, podemos incluir ações conscientes com o corpo que leva a saúde, maior consciência das alterações dos estados mentais e mais felicidade através de uma mente calma, que aprende a não reagir impulsivamente. 

Além desse olhar, é importante saber que o Yoga foi introduzida no Sistema Único de Saúde, no Brasil, por meio da Portaria 719, de 7 de abril de 2011, com a criação do Programa da Academia de Saúde, pelo Ministério da Saúde. O uso do Yoga como prática terapêutica motivou o crescimento de pesquisas sobre o tema. E, com o objetivo de observar os efeitos calmantes da prática do Yoga e sua atuação no SNS, pesquisadores do departamento de psiquiatria do All India Institute of Medical Sciences, em Nova Déli, liderados por G. Sahasi, compararam efeitos da yoga aos do ansiolítico diazepam.  Ao fim de três meses de pesquisa, os autores descobriram que o grupo que praticou yoga tinha pontuação menor em escalas de ansiedade, reduzindo os sintomas. Tais resultados não foram encontrados no grupo que havia tomado o medicamento.

Pesquisadores da Universidade de Duisburg-Essen, Alemanha, e da Universidade de Nova York, em 2005, observaram, em mulheres estressadas, alterações positivas em consequência da prática de exercícios respiratórios do Yoga (Pránayáma) e posturas (Ásanas) durante três meses. Para avaliá-las, os pesquisadores utilizaram testes psicológicos como a Escala Cohen de Stress Percebido, Inventário Estado-Traço de Ansiedade (STAI), Perfil de Estados de Humor (POMS), Escala CEDS de Depressão e até níveis salivares de cortisol. A meditação é sem dúvida a técnica de yoga mais estudada, talvez pela influência que exerce em diferentes funções cognitivas. Testes com eletroencefalografia vêm demonstrando que a concentração (Dhyána), é um processo cognitivo que requer treinamento e integração de diferentes redes neurais.  O aumento da atividade de ondas alfa (ondas de 9 a 13 Hz, que refletem estados de relaxamento) e a redução de ondas teta, durante a meditação, mostram que o cérebro se encontra mais orientado internamente, alerta e atento – ou mais vigilante. Em artigo original do Laboratório de Cardiopneumologia e Fisiologia do Exercício da Universidade de Fortaleza, os pesquisadores Carlos Hermano da Justa Pinheiro e Maria de Jesus Ferreira Marinho concluíram que “Modificação do padrão respiratório melhora o controle cardiovascular na hipertensão essencial”. Assistidos em ambulatório, homens e mulheres (45 a 60 anos de idade) com diagnóstico médico de hipertensão arterial. Foram realizadas sessões de pránayáma duas vezes por semana durante um mês. Cada sessão teve duração de 30 minutos, os resultados demonstraram redução da pressão arterial, redução da frequência cardíaca e respiratória.

Por fim, Patanjali diz no texto Yoga Sutra que “Yoga é a eliminação das instabilidades da mente” de Ou seja, a dos pensamentos compulsivos. Segundo esse sistema filosófico, não é possível atingir boa saúde física e mental sem a aquisição de estados mais profundos de concentração. Tratar a prática cientificamente requer adotar uma linha de estudo objetiva, com linguagem atualizada e cuidado de manter suas tradições e princípios originais, sem descaracterizá-los.

O Yoga acaba sendo sempre mais do que as palavras podem dizer. 

A experiência é a única coisa que salva o yogue. Se você não fizer, não viver, não experimentar em sua própria carne, não sentir no mais íntimo do seu ser, não adianta ler, pesquisar ou ouvir palestras sobre o assunto.

Por isso, não convém dizer ‘eu faço Yoga’. Você ‘desliza’ para o estado de Yoga em certos momentos. Por exemplo, quando consegue ficar totalmente consciente da sua respiração.

Isso tem a ver com você, com a sua existência, com o seu momento presente, com o ar que entra por suas narinas no mesmo instante em que você está aqui sentado lendo.

Se você não for usar o Yoga, para que vai querer estudá-lo?

Por isso, amigo/leitor, convido você, a sentar de forma confortável e com as costas ereta. Tome consciência da sua respiração e desfrute intensamente da certeza de estar vivo. Respire fundo, usando toda a extensão dos seus pulmões. Faça isso por pelo menos 10 (dez) vezes, exalando devagar. Se, após haver respirado conscientemente por alguns segundos, você tiver percebido alguma mudança no ritmo dos seus pensamentos ou emoções, você conseguiu praticar Yoga. Bem-vindo!

Autora:

Vanessa Mantuani – Instrutora de Yoga Vajra

Redes Sociais:

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https://www.instagram.com/yoga.vajra/

2 COMENTÁRIOS

  1. Muito bom artigo, porém só estudar yoga depois de ter passado pelos seus cinco ramos, Karma Yoga, Bhakti Yoga, Raja Yoga, Hatha Yoga, pode-se ficar em Jnana yoga apenas estudando pois após passar pelos cinco ramos você já é um yogi ou yogini, afinal o objetivo do yoga é o samadhi e também temos que passar pelos oito passos de Patanjali que diz no texto Yoga Sutra que “Yoga é a eliminação das instabilidades da mente” sim e o mais importante a consciência limpa ou perdão pelos erros de ser simplesmente Humano. Para no final ser UNO ao Divino. Voltar a Origem. Compreender o universo interno e externo que rodeia o praticante, controlando a mente para obedecer a consciência não aos instintos animal, vegetal e mineral.

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