O que muda em comparação com o tradicional sistema de parede? A arquiteta Mari Milani aborda a diferença entre os dois modelos
Peças essenciais em projetos de banheiros residenciais – e inclusive objeto de desejo dos moradores –, os chuveiros foram se adaptando com as mudanças proporcionadas por meio de designs arrojados acompanhados por mudanças tecnológicas que deixam o banho muito mais sofisticado e relaxante.
Saindo da forma tradicional como conhecemos os chuveiros, com a instalação que acompanha a passagem hidráulica na parede, o modelo de teto se tornou um objeto de desejo que, em muitas vezes, vem acompanhado por inovações e a promessa de banhos ainda mais prazerosos em função da pressão e os jatos mais fortes.
Mas afinal, quando o chuveiro de parede é a solução mais adequada e em quais situações que a versão de teto pode ser desfrutada pelos moradores? A arquiteta Mari Milani tem acompanhado o aumento dessa requisição nos projetos de reformas e separou informações a serem consideradas. “Quando incluímos o chuveiro de teto, trabalhamos com uma flexibilidade bem interessante no layout do box“, delibera. Acompanhe:
Dúvidas iniciais e dicas importantes
À primeira vista, a principal diferença diz respeito à instalação hidráulica, que no caso do chuveiro de teto precisa ser prolongada pelo teto até o ponto de saída de água previsto no projeto. De acordo com a profissional, as construtoras entregam os imóveis com a saída na parede e, quando existe o desejo de mudança, a estrutura deve ser planejada e realizada antes das etapas de acabamento. “Dessa forma, conseguimos encontrar soluções para esconder a tubulação e deixá-las imperceptíveis“, explica Mari.
Ainda de acordo com ela, caso a decisão pela troca aconteça mais adiante, será necessário realizar uma reforma em cima da reforma, com direito ao quebra-quebra dos revestimentos da parede. “Em muitos casos, essa vontade de modificar, depois de tudo pronto, não vale a pena“, avalia a profissional.
Em quais situações o chuveiro de teto pode ser considerado?
De maneira geral, uma área de box mais ampla é interessante tanto com relação à proposta de desfrutar a sensação de uma sala de banho, como também pela maior pressão dos jatos mais potentes. “O chuveiro de teto se torna um acessório sofisticado para ser apreciado por quem está no banho e do lado de fora”, analisa a Mari. Entretanto, um box mais compacto não se trata de um sonho limitante e, nesse caso, faz-se importante a escolha de uma cabeça menor.
 |
| Com um espaço reduzido, a arquiteta Mari Milani realizou a combinação entre um chuveiro de teto com diâmetro menor e um box até o teto que, ao proteger a saída do vapor, entrega a sensação de uma sauna em casa. Em serralheria, as portas dobráveis foram outra solução que ajudou na otimização do espaço | FOTO: Erika Urbino |
Para quem deseja criar uma composição interessante com os demais metais incluídos no projeto, a arquiteta recomenda a unidade estética com referências bastante similares. “Com a centralização, seu protagonismo deve conversar com os elementos que complementam o estilo definido para o projeto“, reitera.
 |
| Na sala de banho, a arquiteta Mari Milani investiu no requinte do dourado para o chuveiro e os metais que o acompanham | FOTO: Erika Urbino |
O clássico chuveiro de parede
Mesmo com o grande sucesso do exemplar de teto, definitivamente o chuveiro de parede não perdeu sua majestade! Embora seja um tipo de instalação mais tradicional e usual, Mari explica que o modelo ganhou novos formatos e tipos de acabamento. De acordo com ela, a estrutura ficou menor, recebeu contornos mais refinados e contemporâneos e segue cumprindo sua função com maestria.
 Com um box aberto, o projeto arquitetônico desse banheiro idealizado pela arquiteta Mari Milani engloba um design personalizado e irreverente composto pelo piso colorido e, na parede, a mescla entre o granilite e o revestimento. Com a colocação de uma banheira freestanding, o chuveiro de parede segue o padrão cromado dos registros e o metal monocomando na bancada | FOTO: Erika Urbino |
 Em mais um banheiro pequeno o chuveiro de parede é complementado pela ducha manual | Projeto arquiteta Mari Milani | FOTO: Erika Urbino |
Possibilidades sob o teto
Com sua popularização nos últimos anos, os chuveiros de teto se tornaram queridinhos de muitos moradores e profissionais de arquitetura que se apropriaram da liberdade para explorar as metragens do box e implementar soluções que facilitam o dia a dia.
 Nesse elegante banheiro de casal, a arquiteta Mari Milani incluiu dois chuveiros, permitindo o banho simultâneo dos dois | FOTO: Erika Urbino |
 Nessa suntuosa sala de banho executada pela arquiteta Mari Milani, o bem-estar com o banho proporcionado pelo chuveiro de teto é complementado pela banheira freestanding | Projeto: Mari Milani | FOTO: Erika Urbino |
Sobre Mari Milani
Formada em arquitetura e urbanismo em 2009, pós-graduada em master arquitetura em 2012, com mais de 200 projetos realizados em lares e negócios, Mari Milani está sempre presente nas maiores feiras e eventos de design do mundo acompanhando e trazendo as últimas tendências de mercado para seus clientes.
Para ela, a construção de um ambiente transformador vai além de erguer paredes e distribuir cômodos; é a habilidade de criar um espaço que reflita a personalidade e os sonhos de cada cliente, pensando sempre no conforto e segurança. Cada projeto é uma oportunidade de criar sensações diferentes e únicas, seja por meio da iluminação, do formato ou da decoração.
@marimilani_arquiteta
R. Marina Jacomini, Nº 57 – Santa Paula, São Caetano do Sul – SP
Autor:
Lucas Janini
