Adoro brincar de “contente”… sou uma eterna Poliana. Prefiro ver o lado bom do mundo, da vida… se bem que, às vezes, isso não é muito fácil. Mas tento sempre. E até agora estou sendo bem sucedida. Afinal, o livro da vida é extenso… e procuro nunca avançar além da página dois…
Sempre que algo me irrita, me tira do sério… e isso acontece com todos nós, pois estamos sujeitos às flutuações do mundo, onde tudo se modifica a todo instante… procuro me lembrar que nada na vida ocorre por acaso. Que tudo o que acontece tem uma finalidade específica. É só parar um pouco e analisar as situações nas quais nos envolvemos…
As mais difíceis de resolver geralmente são de âmbito familiar. Afinal, você tem que conviver com eles, pois são ligados de tal maneira que mesmo que tente, não há como descarta-los…quando o incidente ocorre com conhecidos, colegas… bem, aí é mais fácil…
Qualquer coisa pode acender o estopim da fúria em nosso ser. E tudo pode desandar ao nosso redor. Afinal a nossa paciência é feita de uma essência que pode se desvanecer ao menor sopro do vento da vida… e controlar a fúria, manter a paciência em qualquer situação realmente não é fácil…
Já explodi várias vezes… e olha que procuro manter-me calma em todas as situações. O grande problema de perdermos a paciência com quem quer que seja é que depois que tudo passa nada volta ao normal. E por que? Simples… quando perdemos as estribeiras falamos o que não deveríamos, não poderíamos falar…mas… e acabamos por nos machucar mais do que o necessário…
O problema de iniciar um conflito é que sabemos como tudo começa mas não temos a menor ideia de como terminará. Dependendo do ritmo da conversa, as coisas podem tomar um rumo não desejável, com ofensas pesadas de ambos os lados… e dependendo do teor dessas ofensas, o frágil tecido que une as pessoas pode se rasgar, principalmente se já estava esgarçado com o tempo…
E esse é o motivo principal por eu preferir brincar de “contente” durante minha vida… ser Poliana me ajuda a tentar entender e relevar meu semelhante… e me permite ser aquela pessoa calma e comedida que desejo ser…
Que bela crônica!! SHow