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terça-feira, 23 de julho de 2024

Como evitar demissões desnecessárias que prejudicam os negócios

O que os líderes de equipes, que, segundo pesquisa Gallup, são responsáveis pela demissão de metade dos funcionários de uma empresa, podem fazer para não perder talentos.

Todos sabem ou deveriam saber que os frutos saborosos que movem um negócio podem passam pelas mãos de bons líderes. Pessoas capazes de entender e motivar equipes. Eis que uma pesquisa da empresa Gallup, dos Estados Unidos, lança a bomba: metade dos funcionários de empresas naquele país pede demissão por causa do chefe. Isso, evidentemente, soa o alerta aqui também: uma liderança que não valoriza os subordinados ou que não entende o que esperar de cada um deles colabora com os desligamentos. A empresa, obviamente, pode sair prejudicada por conta disso. Perda de talentos, gastos com ações trabalhistas movidas por demissionários zangados ou mesmo com o processo de demissão, e por aí vai.

Bem, esses espinhos que acabam caindo nas costas de um líder transformam-se em flores se ele souber avaliar a equipe, de modo a colocar ordem na casa. Quem ensina o caminho das pedras é Rogério Magalhães, mentor em empreendedorismo, pós-graduado em marketing pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), de São Paulo (SP) e em estratégia de marketing pela Universidade de La Verne, na Califórnia (EUA).

A coisa toda funciona, digamos, na toada separar “joio do trigo”. Para isso, Rogério sugere uma metodologia pautada no que ele chama de “quadrantes”. Ela ajuda a entender o que precisa ser feito em cada caso, evitando, assim, demissões imprevistas ou desnecessárias. Acompanhe:

Primeiro quadrante
Entram aqui os funcionários motivados, mas que demonstram incompetência para as tarefas que se esperam dele. “A solução, nesse caso, é treiná-los, montando um plano de ação para isso, com início e fim definidos, e com indicadores de avaliação do processo de evolução dos colaboradores. Afinal, não há como gerenciar o que não pode ser mensurado”, diz o mentor. Conclusão: esses colaboradores ainda pode ter salvação e serem úteis para a empresa.

Segundo quadrante
Abriga os funcionários sem competência e desmotivados. São aqueles que podem ser substituídos, mesmo porque já devem ter demostrado outros interesses que passam longe da empresa. É tipo de demissão que vale a pena o gasto.

Terceiro quadrante
Ficam aqui o sonho de todo empreendedor: profissionais motivados e competentes, que entregam os resultados esperados. “Esses colaboradores, obviamente, merecem ser reconhecidos, inclusive na forma de promoção”, afirma Magalhães. Detalhe: antes que sejam cortejados ou fisgados por outras empresas.

Quarto quadrante
Reservado aos funcionários competentes, que entregam resultados, mas que têm motivação baixa. O que fazer? Simples: motivar esses profissionais, também pensando em algum de promoção, por exemplo. Assim, eles entram no trilho da empresa, já que passam a vislumbrar futuro dentro nela.

Rogério Magalhães
Bacharel em Ciências Contábeis pela Universidade Federal do Ceará, é pós-graduado em Marketing pela FGV, em estratégia de marketing pela Universidade de La Verne (Califórnia – Estados Unidos), e em Administração Executiva Sênior pela UFRJ, além de especialista em vendas e marketing pela Universidade de Berry (Flórida – Estados Unidos) e em gestão empresarial pela Business School SP. Foi gestor comercial de empresas multinacionais como a farmacêutica Schering Plough e gerente comercial da Sanofi-Aventis. Tem diversas especializações em universidades e escolas internacionais

Autora:

Christina Godinho

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