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sexta-feira, 26 de julho de 2024

Terremoto de Al Haouz revela a posição de Marrocos no mapa geopolítico global

O forte terramoto, que arrasou alguns povoados das montanhas do Atlas sudoeste de Marrocos, localidade de Al Haouz, epicentro do sismo, atingindo toda a cintura próximo de Ouarzazate, Taroudant e Agadir, deixando muitos mortos, podendo chegar a mais de três mil, além de feridos, hospitalizados e psicologicamente afetados; tal situação levou muitos países com que Marrocos detém relações agudas e claras diferenças, sobretudo Argélia, Tunísia e França, a manifestar um interesse de ajudar e apoiar os esforços de ajuda humanitária.

Dados muitas pessoas sinistradas, aqueles que perderam seus bens, seus parentes, isoladas, dormindo no chão, expostos aos perigos de escorpiões e serpentes, do calor do dia e frio da noite, ameaçados pela aproximação do inverno, numa zona perigosa próxima ao epicentro do “terremoto de Al Haouz”.

Tal tragédia, por outro lado , é capaz de  reorganizar o espaço internacional sobre os conceitos de solidariedade.

Nos momentos difíceis e de crises, os  países deixam seus conflitos políticos e diferenças de lado. Aumentando cada vez mais, os pedidos de ajuda e assistência internacional, atendendo as necessidades e prioridades das zonas destruídas, onde é recenseado muitas perdas humanas, mais de três mil mortos, além de feridos, hospitalizados, passando a incentivar, os meios da coordenação e do reforço da ajuda, e de resgate, graças aos países de fora e do resto do mundo.

A condição humanitária sempre esteve presente nas relações entre os países, mas devemos distinguir entre iniciativas com uma dimensão puramente humanitária e outras com cálculos políticos ou geopolíticos; sobretudo da comercializacao de uma posição política, face às iniciativas espontâneas expressas por um grupo de países, e enquadrando-se nesta maré humanitária, de relações definidas pelo país nesta dolorosa tragédia.

Tal dimensão humanitária mantém-se graças às relações internacionais, valorizando as posições da consolidação, da interdependência entre os países e da moral entre os povos, a imagem da solidariedade junto à comunidade internacional, diante do exame difícil de avaliações das percepções.

Esta solidariedade internacional confirma, portanto a posição de Marrocos no mapa geopolítico global, sem diferenciar nenhum país nem recusar a ajuda ou assistência de qualquer país, mas segundo os pedidos de acordo com as necessidades e exigências, num quadro abrangente, visando a ultrapassar esta fase, e conforme a prioridade dos esforços para salvar vidas.

 Os países amigos do Marrocos atendem ao apelo da humanidade, do conhecimento, da experiência e da competências a nível internacional, capaz de acompanhar e superar esta magnitude de crise, sob o pretexto da condição humanitária, sem violar a soberania dos Estados ou impor qualquer iniciativa injusta ou prejudicial. Sob pretexto de quaisquer tragédias, levando alguns países a desnortear o significado humanitário e as relações entre os países, sem manchar a imagem do direito e as iniciativas de solidariedade.

Tal dimensão da solidariedade continua a ser um elemento eficaz na revitalização das relações amistosas entre países e a redução da dimensão aguda dos conflitos intra-ambientais, uma vez que o direito humanitário internacional envolve a prestação de ajuda internacional e o apreço internacional, diante das diferenças políticas, diplomáticas e culturais.

Assim, os países, hoje, são cientes quando um país está em crise e luto nacional, e a comunidade internacional representa pedidos de assistência incondicional, isso é no cerne da dimensão humanitária, sendo um sucesso para os povos e países, parte na construção de uma verdadeira ponte de solidariedade e valores humanos, sobretudo daqueles que retribuem ao favor humano, almejando relações estratégicas e desenvolvimento de relações com Marrocos e outros países.

Chamando então para inspirar nesta tendência humanista e pôr de lado todas as diferenças e divergências, fortalecendo assim as lições da solidariedade nos momentos difíceis.

Instando a comunidade internacional a ser racional e falar a língua da cooperação, com pleno respeito das condições de soberania nacionais e internacionais.

Concluindo sobre a dimensão histórica da solidariedade, na formação de uma imagem forte em relação a um país em crise no âmbito da comunidade internacional; um ponto de reflexão sobre o conceito do ‘Tamaghribit’, identidade que distingue os marroquinos e o Estado, um outro épico, termo da solidariedade e avaliação humanitária.

Autor:

 Lahcen EL MOUTAQI,

Professor universitário, Rabat, Marrocos

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