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terça-feira, 23 de julho de 2024

Crescente adesão de empresas às vagas afirmativas promove diversidade e igualdade no mercado de trabalho

Você viu nos últimos dias aqueles alertas de vagas com uma observação assim: “prioridade para pessoa LGBT, negra ou PCD”? Pois é, de alguns anos pra cá o número de vagas afirmativas tem aumentado.

Mas o que são de fato as vagas afirmativas? São oportunidades de trabalho que consideram como um critério de seleção o pertencimento a grupos minorizados como: pessoas negras, mulheres, pessoas com deficiência, LGBTQIA+, pessoas com mais de 50 anos, entre outros.

Segundo um levantamento da empresa de recrutamento Gupy, entre junho de 2021 e junho de 2022, o número de vagas afirmativas criadas na plataforma chegou a mais de 1.400, enquanto no mesmo período entre 2020 e 21, foram publicadas apenas 20 posições de trabalho desse tipo.

Outra site de recrutamento que também fez essa pesquisa foi o Vagas.com, o número de vagas afirmativas nesse site chegou a mais de 26 mil entre 2021 e 2022, um crescimento superior a 33%.

Segundo o advogado trabalhista Fernando Paiva, o aumento dessas vagas é importante para a imagem de grandes grupos empresariais, além de ajudarem na inclusão dessas pessoas no mercado de trabalho, socializando-as:

“É muito importante para as empresas serem afirmativas. A imagem dos grandes centros empresariais é uma imagem pública e essas ações contribuem para reafirmação dessa imagem. Além disso, dados apontam que no Brasil, as mulheres ocupam somente 38% dos cargos de liderança, entre os trans, somente 4% trabalham formalmente e os negros precisam trabalhar o dobro para conseguirem um alto cargo. Esses números também nos revelam a necessidade de aumentar essas vagas afirmativas”, explicou Paiva.

Ainda segundo Fernando Paiva, as vagas afirmativas iniciaram com a lei 8.213/81, quando ficou reservada uma quantidade de vagas para cotas de pessoas com necessidades especiais.

“Mais recentemente, também, a lei 12.288 de 2010, a lei de igualdade racial, traduziu de forma efetiva mais oportunidade de trabalho para as minorias, como indigenas, negros, pessoas LGBTQIA+”, reforçou.

Autora:

Larissa Passos

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