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sexta-feira, 26 de julho de 2024

O descaso hiperbólico com a docência brasileira

A pergunta que deve ser feita, é até quando continuar sem receber o devido valor? A falta de respeito pela figura do docente tem se tornado cada vez mais visível, os pais não respeitam, os alunos muito menos.

Falta tudo, tinta nos canetões de quadro branco, giz para os quadros negros, tinta na impressora de provas, folha, cartolina, lápis, caneta, bom material para trabalhar, pois não se pode trazer um conteúdo mais aprofundado, pelo simples motivo de ser necessário utilizar do material que foi recebido, porém, o material apresenta informações resumidas em Qr Codes, os quais devem ser scaneados, a pergunta é, será que todos os alunos conseguirão acessá-los e atingir o esperado? Com isso, as informações importantes, vão sendo ocultadas ao longo do tempo, e o mais básico da educação já existente, vai tornando-se precário.

Falta segurança, motivação, empatia e apoio. Mas o que não falta é a burocracia, uma tonelada de papéis que devem ser preenchidos, horas de jornada a serem cumpridas na sala dos professores e a “famosa” burocracia sempre presente. Vivemos a era do não pode. Levar os alunos para uma aula dinâmica? Não pode. A feira cultural? Não pode. Dar aula em segurança? Não pode? Até quando os docentes continuarão sendo desrespeitados, com atribuições injustas, pontuação perdida, ensino de má qualidade, com aulas perdidas devido ao novo ensino médio e o pior e mais assustador de todos, presenciando os colegas tendo suas vidas ceifadas?

Autor:

Prof. Esp. Ítalo Senyor da Silva Vieira. Docente de Filosofia e Sociologia Pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo; Supervisor de Ensino EaD Pelo Claretiano Centro Universitário.

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