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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Quem tentou adivinhar teve que se explicar.


36Entretanto, a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão exclusivamente o Pai. (Mateus 24:36).

Em um sentido amplo explicar significa apontar as causas de alguma coisa. Quando perguntamos: Por que fulano agiu dessa forma estamos perguntando: o que causou aquele comportamento? Um dos problemas decorrentes e recorrentes, no âmbito de um estudante de Psicologia é que logo começará a aprender, que existem diferentes abordagens, e que cada uma delas aponta diferentes causas para o comportamento das pessoas. Na Teologia não é diferente pois como na Psicologia, a Teologia apresenta diferentes abordagens, no objetivo de compreender o final deste mundo. Ainda, que o Apocalipsismo representasse uma forma literária, isto é; um gênero literário presente no ambiente em que Jesus vivia, o Apocalipse também vem emprestado das vertentes apocalípticas, presentes na vida dos povos daquele tempo. Porém, o fato é que muitos tentaram atribuir à Jesus aquilo que nunca o pertenceu.

“…Aquele dia e hora, ninguém sabe”. Se nem Jesus Sabia, por que o homem precisa saber?”.

Há uma passagem bíblica que acentua significativamente, o que estamos dizendo e querendo dizer: Deuteronômio 29:29 NVT “O SENHOR, nosso Deus, tem segredos que ninguém conhece. Não seremos responsabilizados por eles, mas nós e nossos filhos somos responsáveis para sempre por tudo que ele nos revelou, para que obedeçamos a todos os termos desta lei”. Mais que isso, Jesus disse que nem os anjos sabiam, porquanto, há coisas que não devemos saber. Pois, a nós pertencem apenas aquilo que nos é revelado.

Deuteronômio 29:29. Deuteronômio 29:29 NVI “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, o nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei. NVI: Nova Versão Internacional – Português .

MUITOS TENTARAM E OUTROS CONTINUAM TENTANDO. SEM ÊXITO!

A curiosidade em desvendar o amanhã, muitas vezes pode refletir dificuldades de relacionamento com o hoje. Todavia, a lista de pessoas ligadas a “Religião” bem como fora dela, que tentaram no transcorrer da História, tanto no passado como no presente adivinhar à volta de Cristo estabelecendo datas é gigante! No entanto; é bom lembrar que todos que fizeram essa tentativa e trilharam por este caminho, não apenas se frustraram, causando grandes perdas como também; deixaram marcas e cicatrizes na vida daqueles que lhes deram crédito. O caso de Jim Jones é um exemplo bem claro, daquilo que estamos dizendo. Segundo matéria publicada no G1 de 18/12 de 2012, segundo o calendário Maia, o dia 21 do mês acima citado seria o último dia da humanidade. No entanto, o dia 21 se foi e o tão premeditado fim da humanidade não veio! Não apenas os Maias tentaram adivinhar o dia em que o mundo chegaria ao seu fim, mas querer determinar um dia especial para o fim da humanidade faz parte de culturas ocidentais. “Gurus” religiosos, além de uma gama de líderes ligados á movimentos com diversas identificações religiosas. Elen White, o Escritor Austríaco – americano, Richard Erdoes chegou até a escrever um livro intitulado: “AD 1000 Living on The Brink of Apocalypse”. Conta este livro, que a expectativa do retorno de Cristo dominou não apenas, o ano de 999, mas todo o Século que o precedeu. 22 de Outubro de 1844 Wiliam Miller: Uma das mais crassas premissas apontadas por religiosos em referência à volta de Cristo e consequentemente, o fim do mundo foi protagonizada por este pastor Americano, cuja origem Batista e posteriormente, um dos criadores do Adventismo levou muitos seguidores a vender suas propriedades e se absterem de suas narrativas pessoais, a fim de se prepararem para o “grande dia”, porém chegamos aos idos do Século XX, e o que sobrou foram às decepções daqueles que lhes deram atenção.

JESUS NÃO É UMA TEOLOGIA. MAS MOSTROU O CAMINHO PARA SE COMPREENDER O FIM. OS “DIÁLOGOS” DE JESUS NAO CONDUZEM A ADIVINHAÇÕES, MAS A COMPREENSÕES.

De acordo com o dicionário de nossa língua, “compreensão” tem o sentido de: assimilações, entendimento e percepções. É nessa direção firmado nesse objetivo, que Jesus estende seu diálogo com seus discípulos, no sentido de que, os mesmos bem como, os que viriam a crer nele, através de uma compreensão essencial e corretamente, hermenêutica do que Ele estava falando pudessem assim estar preparados para sua volta.

Na tentativa de se buscar a resposta que “Não quer calar” cuja resposta não existe, porque se existisse dentro de uma prerrogativa humana, Jesus a teria dado, contudo; na prerrogativa divina, Jesus voltará, porém; nem o relógio da capital Londrina é capaz de bater na hora certa. Aliás, esse momento reservado para a História e conclusivo, dentro da percepção bíblica, ninguém sabe, mas Jesus deu algumas dicas, a fim de que possamos compreender sua proximidade.

OS SINAIS EMITIDOS PELO MUNDO: Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos” (Mateus 24.3).

Observe que há três questionamentos dois numa única pergunta: “quando “, “qual “, e a Bíblia responde a terceira questão: “Como”.

Não iremos nos ater a todos, mas sim; aqueles que julgamos serem os principais sinais da proximidade do fim. 1- O aparecimento de Falsos Profetas. (degradação religiosa). Ruptura: Moral e Espiritual do ponto de vista Religioso (Profetai) é a palavra grega para profeta, contudo é de profeta que origina-se o termo “Professor” aquele que profere e por meio de suas palavras atrai aqueles que os ouvem pelo crédito e credibilidade, na forma como transmite. Neste sentido, o Professor e o Profeta possuem semelhanças, nas suas formas de atraírem aqueles aos quais transmite seus ensinamentos. Todavia, o Profeta oriundo de Deus, ele fala em nome do Senhor, pois Jesus usa diversas vezes, a expressão: ” Em verdade em verdade vos digo”, ou podemos encontrar várias ocasiões em que o termo bíblico assevera: “Assim diz o Senhor” pois quando é o Senhor quem está falando por meio do profeta, aquilo que está sendo dito, não se coloca em dúvida, pois os céus e a terra hão de passar, mas a Palavra do Senhor permanece para sempre. O homem é dono de um coração enganoso e perverso, porém; “Deus não pode mentir, porque Ele não pode negar-se a si mesmo”. (Jeremias 17:9-10), (2ª A Timóteo. 2:13).

2 Corrupção do Homem. “…devido o aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”. (Mateus 24.12)

Quem leu ou ainda lerá, ” Sociedade Líquida”, “Amor Líquido”, escritos da autoria de Zygmunt Bauman poderá compreender de uma forma complementar ao sentido das palavras citadas por Jesus, pois em tempos outros e de maneiras outras, o que Jesus disse, vem reforçar aquilo que Bauman assevera, isto é; a falência do sentimento humano, suas relações e suas feições, pois nunca se viu um homem tão desafeiçoado, tanto do homem, como e principalmente de Deus. Se fala muito em Deus, mas se esquece daquilo que nos ensinou: “amarás ao teu próximo como a si mesmo”, Sócrates dizia: “conheça-te a si mesmo” parece que quanto mais os homens se conhecem, mais é a sensação de que, nunca se conheceu. E a liquidez do amor faz com que vivemos em um mundo que caminha para a barbárie, pois o amor quando posto à prova, se distancia da originalidade de sua essência. Que digam, os noticiários, as manchetes de capa, as redes sociais, e os meios sociais de convivência.

3 Sinais Astronômicos (Astronomia, não Astrologia). Skinner dizia em seu Behaviorismo Radical, que o homem comportamentalmente é influenciado pelo meio, ou seja; seu comportamento reflete o meio e no meio em que vive. No entanto, ” O sol escurecerá e a lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do céu e os poderes serão abalados“. (Mateus 24.29).

Como se diz na série de TV: “Acredite se quiser” eu em seu lugar acreditaria, pois todas às profecias bíblicas se cumprem dentro de seu tempo, e muitas já se cumpriram. No entanto, é nítido e notório, se tomarmos como base os acontecimentos no tempo presente, ligados não apenas a natureza, como também, as mudanças dela e nela decorrente, não haveria a necessidade de conclamar-se a que creiam, naquilo que Deus disse, o sol nunca esteve tão quente, os mares nunca tão incomodados e avançando pelas cidades, sem contar o ar que respiramos, nunca esteve tão fora dos padrões, principalmente quando comparados aquilo que necessitamos. “A natureza geme” como escreve o apóstolo Paulo, Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto. E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo. (Carta de Paulo aos Romanos, Capítulo 8).

CONCLUINDO: NEM TUDO QUE SE CRÊ DEVE SER EXPLICADO.

Deus não tem e nunca teve e nunca terá, que nos explicar nada! “As coisas ocultas pertencem ao Senhor, e as reveladas a nós”, contudo; muitos tenham tentado decifrar o dia do retorno de Cristo, aquilo que Paulo denomina como: “O dia de Cristo” em 1ª aos Coríntios, capítulo 3. O fato é que devemos estar preparados, prontos a ascender aos céus, quando o som da trombeta ecoar, e o Senhor Jesus vier ao encontro daqueles que nunca tentaram adivinhar o dia de sua vinda, mas aguardam prontamente, o dia em que todos os que creram após nascerem de novo, se tornarem cidadãos de uma nova terra, e ganharem uma nova natureza em Cristo, não estarão preocupados com o dia, mas sim com sua condição espiritual, pois o homem espiritual discerne bem tudo, ele de ninguém é discernido. 1ª Aos Coríntios 9.15.

Que Deus nos dê a paz e a sabedoria necessária para entender que o propósito de Deus, não é que saibamos o dia, mas que estejamos prontos para Ele, pois ás bodas do Cordeiro se aproxima, e a noiva deve estar preparada para o casamento.

Claudinei Telles
Telles
O autor é mestrando em Educação. Filósofo, Teólogo, Pedagogo, licenciado em Letras, Historiador. Neuropsicopedagogo, Orientador Educacional, Psicopedagogo, Especialista em Ciência da Religião, Especialista em Teologia Bíblica. Atuou como Teólogo (Igreja Batista), além de Professor de Teologia. Também, é autor do Livro: "As Quatro Estações e a Vida Cristã (períodos Ciclicos) Entre eu e Deus. Editora: Autografia, Rio de Janeiro, 2024.

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