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sábado, 16 de novembro de 2024

Quem tentou adivinhar teve que se explicar.


36Entretanto, a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão exclusivamente o Pai. (Mateus 24:36).

Em um sentido amplo explicar significa apontar as causas de alguma coisa. Quando perguntamos: Por que fulano agiu dessa forma estamos perguntando: o que causou aquele comportamento? Um dos problemas decorrentes e recorrentes, no âmbito de um estudante de Psicologia é que logo começará a aprender, que existem diferentes abordagens, e que cada uma delas aponta diferentes causas para o comportamento das pessoas. Na Teologia não é diferente pois como na Psicologia, a Teologia apresenta diferentes abordagens, no objetivo de compreender o final deste mundo. Ainda, que o Apocalipsismo representasse uma forma literária, isto é; um gênero literário presente no ambiente em que Jesus vivia, o Apocalipse também vem emprestado das vertentes apocalípticas, presentes na vida dos povos daquele tempo. Porém, o fato é que muitos tentaram atribuir à Jesus aquilo que nunca o pertenceu.

“…Aquele dia e hora, ninguém sabe”. Se nem Jesus Sabia, por que o homem precisa saber?”.

Há uma passagem bíblica que acentua significativamente, o que estamos dizendo e querendo dizer: Deuteronômio 29:29 NVT “O SENHOR, nosso Deus, tem segredos que ninguém conhece. Não seremos responsabilizados por eles, mas nós e nossos filhos somos responsáveis para sempre por tudo que ele nos revelou, para que obedeçamos a todos os termos desta lei”. Mais que isso, Jesus disse que nem os anjos sabiam, porquanto, há coisas que não devemos saber. Pois, a nós pertencem apenas aquilo que nos é revelado.

Deuteronômio 29:29. Deuteronômio 29:29 NVI “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR, o nosso Deus, mas as reveladas pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as palavras desta lei. NVI: Nova Versão Internacional – Português .

MUITOS TENTARAM E OUTROS CONTINUAM TENTANDO. SEM ÊXITO!

A curiosidade em desvendar o amanhã, muitas vezes pode refletir dificuldades de relacionamento com o hoje. Todavia, a lista de pessoas ligadas a “Religião” bem como fora dela, que tentaram no transcorrer da História, tanto no passado como no presente adivinhar à volta de Cristo estabelecendo datas é gigante! No entanto; é bom lembrar que todos que fizeram essa tentativa e trilharam por este caminho, não apenas se frustraram, causando grandes perdas como também; deixaram marcas e cicatrizes na vida daqueles que lhes deram crédito. O caso de Jim Jones é um exemplo bem claro, daquilo que estamos dizendo. Segundo matéria publicada no G1 de 18/12 de 2012, segundo o calendário Maia, o dia 21 do mês acima citado seria o último dia da humanidade. No entanto, o dia 21 se foi e o tão premeditado fim da humanidade não veio! Não apenas os Maias tentaram adivinhar o dia em que o mundo chegaria ao seu fim, mas querer determinar um dia especial para o fim da humanidade faz parte de culturas ocidentais. “Gurus” religiosos, além de uma gama de líderes ligados á movimentos com diversas identificações religiosas. Elen White, o Escritor Austríaco – americano, Richard Erdoes chegou até a escrever um livro intitulado: “AD 1000 Living on The Brink of Apocalypse”. Conta este livro, que a expectativa do retorno de Cristo dominou não apenas, o ano de 999, mas todo o Século que o precedeu. 22 de Outubro de 1844 Wiliam Miller: Uma das mais crassas premissas apontadas por religiosos em referência à volta de Cristo e consequentemente, o fim do mundo foi protagonizada por este pastor Americano, cuja origem Batista e posteriormente, um dos criadores do Adventismo levou muitos seguidores a vender suas propriedades e se absterem de suas narrativas pessoais, a fim de se prepararem para o “grande dia”, porém chegamos aos idos do Século XX, e o que sobrou foram às decepções daqueles que lhes deram atenção.

JESUS NÃO É UMA TEOLOGIA. MAS MOSTROU O CAMINHO PARA SE COMPREENDER O FIM. OS “DIÁLOGOS” DE JESUS NAO CONDUZEM A ADIVINHAÇÕES, MAS A COMPREENSÕES.

De acordo com o dicionário de nossa língua, “compreensão” tem o sentido de: assimilações, entendimento e percepções. É nessa direção firmado nesse objetivo, que Jesus estende seu diálogo com seus discípulos, no sentido de que, os mesmos bem como, os que viriam a crer nele, através de uma compreensão essencial e corretamente, hermenêutica do que Ele estava falando pudessem assim estar preparados para sua volta.

Na tentativa de se buscar a resposta que “Não quer calar” cuja resposta não existe, porque se existisse dentro de uma prerrogativa humana, Jesus a teria dado, contudo; na prerrogativa divina, Jesus voltará, porém; nem o relógio da capital Londrina é capaz de bater na hora certa. Aliás, esse momento reservado para a História e conclusivo, dentro da percepção bíblica, ninguém sabe, mas Jesus deu algumas dicas, a fim de que possamos compreender sua proximidade.

OS SINAIS EMITIDOS PELO MUNDO: Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos” (Mateus 24.3).

Observe que há três questionamentos dois numa única pergunta: “quando “, “qual “, e a Bíblia responde a terceira questão: “Como”.

Não iremos nos ater a todos, mas sim; aqueles que julgamos serem os principais sinais da proximidade do fim. 1- O aparecimento de Falsos Profetas. (degradação religiosa). Ruptura: Moral e Espiritual do ponto de vista Religioso (Profetai) é a palavra grega para profeta, contudo é de profeta que origina-se o termo “Professor” aquele que profere e por meio de suas palavras atrai aqueles que os ouvem pelo crédito e credibilidade, na forma como transmite. Neste sentido, o Professor e o Profeta possuem semelhanças, nas suas formas de atraírem aqueles aos quais transmite seus ensinamentos. Todavia, o Profeta oriundo de Deus, ele fala em nome do Senhor, pois Jesus usa diversas vezes, a expressão: ” Em verdade em verdade vos digo”, ou podemos encontrar várias ocasiões em que o termo bíblico assevera: “Assim diz o Senhor” pois quando é o Senhor quem está falando por meio do profeta, aquilo que está sendo dito, não se coloca em dúvida, pois os céus e a terra hão de passar, mas a Palavra do Senhor permanece para sempre. O homem é dono de um coração enganoso e perverso, porém; “Deus não pode mentir, porque Ele não pode negar-se a si mesmo”. (Jeremias 17:9-10), (2ª A Timóteo. 2:13).

2 Corrupção do Homem. “…devido o aumento da maldade, o amor de muitos esfriará”. (Mateus 24.12)

Quem leu ou ainda lerá, ” Sociedade Líquida”, “Amor Líquido”, escritos da autoria de Zygmunt Bauman poderá compreender de uma forma complementar ao sentido das palavras citadas por Jesus, pois em tempos outros e de maneiras outras, o que Jesus disse, vem reforçar aquilo que Bauman assevera, isto é; a falência do sentimento humano, suas relações e suas feições, pois nunca se viu um homem tão desafeiçoado, tanto do homem, como e principalmente de Deus. Se fala muito em Deus, mas se esquece daquilo que nos ensinou: “amarás ao teu próximo como a si mesmo”, Sócrates dizia: “conheça-te a si mesmo” parece que quanto mais os homens se conhecem, mais é a sensação de que, nunca se conheceu. E a liquidez do amor faz com que vivemos em um mundo que caminha para a barbárie, pois o amor quando posto à prova, se distancia da originalidade de sua essência. Que digam, os noticiários, as manchetes de capa, as redes sociais, e os meios sociais de convivência.

3 Sinais Astronômicos (Astronomia, não Astrologia). Skinner dizia em seu Behaviorismo Radical, que o homem comportamentalmente é influenciado pelo meio, ou seja; seu comportamento reflete o meio e no meio em que vive. No entanto, ” O sol escurecerá e a lua não dará a sua luz, as estrelas cairão do céu e os poderes serão abalados“. (Mateus 24.29).

Como se diz na série de TV: “Acredite se quiser” eu em seu lugar acreditaria, pois todas às profecias bíblicas se cumprem dentro de seu tempo, e muitas já se cumpriram. No entanto, é nítido e notório, se tomarmos como base os acontecimentos no tempo presente, ligados não apenas a natureza, como também, as mudanças dela e nela decorrente, não haveria a necessidade de conclamar-se a que creiam, naquilo que Deus disse, o sol nunca esteve tão quente, os mares nunca tão incomodados e avançando pelas cidades, sem contar o ar que respiramos, nunca esteve tão fora dos padrões, principalmente quando comparados aquilo que necessitamos. “A natureza geme” como escreve o apóstolo Paulo, Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em dores de parto. E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo. (Carta de Paulo aos Romanos, Capítulo 8).

CONCLUINDO: NEM TUDO QUE SE CRÊ DEVE SER EXPLICADO.

Deus não tem e nunca teve e nunca terá, que nos explicar nada! “As coisas ocultas pertencem ao Senhor, e as reveladas a nós”, contudo; muitos tenham tentado decifrar o dia do retorno de Cristo, aquilo que Paulo denomina como: “O dia de Cristo” em 1ª aos Coríntios, capítulo 3. O fato é que devemos estar preparados, prontos a ascender aos céus, quando o som da trombeta ecoar, e o Senhor Jesus vier ao encontro daqueles que nunca tentaram adivinhar o dia de sua vinda, mas aguardam prontamente, o dia em que todos os que creram após nascerem de novo, se tornarem cidadãos de uma nova terra, e ganharem uma nova natureza em Cristo, não estarão preocupados com o dia, mas sim com sua condição espiritual, pois o homem espiritual discerne bem tudo, ele de ninguém é discernido. 1ª Aos Coríntios 9.15.

Que Deus nos dê a paz e a sabedoria necessária para entender que o propósito de Deus, não é que saibamos o dia, mas que estejamos prontos para Ele, pois ás bodas do Cordeiro se aproxima, e a noiva deve estar preparada para o casamento.

Claudinei Telles
Telles
O autor é Mestrando em Ciências Educacionais (UNIVERSIDADE LEONARDO DAVINCI - PY). Bacharel em Teologia. (Faculdade Teológica Sul americana - FTSA). Licenciado em: Filosofia, Teologia, História e Pedagogia. E especialista em: Orientação Educacional, Teologia Bíblica, Ciência da Religião e Neuropsicopedagogia. Atuou por alguns anos, no Ministério Pastoral, Ensino de Teologia e Educação secular, nos níveis Fundamental e Médio.

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