Na última sexta-feira (10 de fevereiro), durante visita da Comitiva Presidencial à Washington, a Ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco; ao lado da primeira- dama Janja Lula da Silva; visitou o Museu de Cultura Afro-Americano, segundo informações cedidas pela Assessoria, em busca de inspirações para o Museu do Cais do Valongo, que deve ser construído no Rio de Janeiro, voltado para contar a história da escravidão no Brasil.
O Cais do Valongo, foi obviamente escolhido, por ter sido o local onde durante mais de 600 mil escravizados trazidos da África desembarcaram e foram comercializados nos séculos XVIII e XIX.
O capítulo doloroso e vergonhoso da escravidão deve ser relembrado, uma vez que foram essas milhares de pessoas e seus descendentes que construíram o nosso país. Portanto aprender sobre o comércio de escravizados que eram separados de suas famílias e mandados para os mais diversos locais do Brasil, é uma forma de relembrar a dívida histórica que o Brasil têm com essas pessoas.
A conservação tanto de documentos, quanto objetos que são relíquias do passado é muito importante não só para aprender sobre o passado, mas também para valorizar as diversas histórias que merecem ser contadas. Outro problema também é a acessibilidade, que pouco a pouco tem sido superado graças a tecnologia.
Um bom exemplo é a Fundação Biblioteca Nacional que atualmente disponibiliza vários arquivos de forma digital acessíveis à população. Nesse mesmo ritmo, outros museus e órgãos tanto do governo, quanto de fundações privadas vem buscando digitalizar seus arquivos para ampliar o acesso do público, assim permitindo que mais pessoas tenham acesso ao valioso conhecimento que essas lembranças proporcionam.
Autora:
Anna Flávia Lopes. Jornalista formada pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás e pesquisadora na área de História da Imprensa.