Serão necessários reforços contínuos de protocolos de autenticação criptografados para aumentar os métodos de segurança cibernética nas cidades inteligentes, afirma Eline Alves Santos, membro do IEEE, maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade.
A popularização da Internet das Coisas (IoT) permite o desenvolvimento de cidades mais sustentáveis. Controle de semáforos inteligentes para dar mais fluência ao trânsito; luzes guiadas por sensores de movimento para a economia de energia; câmeras nas vias para ampliação da segurança pública, entre outros avanços. Todos esses progressos criam uma preocupação em comum entre os especialistas em tecnologia: a questão da cibersegurança.
“Serão necessários reforços contínuos de protocolos de autenticação criptografados para aumentar os métodos de segurança cibernética nas cidades inteligentes”, analisa Eline Alves Santos, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), maior organização técnico-profissional do mundo dedicada ao avanço da tecnologia em benefício da humanidade, e professora de eletrônica do Instituto Federal de Sergipe.
A especialista do IEEE alerta para alguns dos perigos que o uso da tecnologia sem proteção adequada pode enfrentar. “Existe a possibilidade de um ciber-criminoso hackear o controle das luzes da cidade e dos semáforos, por exemplo”, exemplifica. “Em uma guerra de ciberataques, pode-se deixar uma cidade incomunicável e às escuras.”
Eline acredita que até mesmo o usuário comum, por meio de suas redes sociais, também poderá ser afetado se tiver sua conta hackeada. “Fizemos um experimento com alunos do Ensino Médio, no qual eles puderam controlar uma cafeteira por mensagens no Twitter”, afirma. “Se a conta dele for hackeada, os cibercriminosos poderão ter controle sobre a cafeteira, as luzes, aos smart voices e tudo mais que estiver interligado à internet”, analisa.
De acordo com a especialista do IEEE, a solução está nos avanços que a ciência proporciona a cada dia nos estudos e experimentos em cibersegurança. “É fundamental investimentos e formação de pessoal preparado para enfrentar os novos desafios que vem pela frente”.
Autoria:
SPMJ Comunicação
