O Botafogo vence sem sustos por 2-0 na bela obra de arquitetura que é o Estádio Nilton Santos, e dá ao clube e o treinador um respiro muito bem vindo.
O Botafogo é um clube cujo nome faz justiça à praia em que habita sua sede.
É como um mar em que não se pode tomar banho.
Uma vista muito linda, uma areia muito gostosa.
Um mar à disposição.
Mas não se pode (ou, pelo menos, não se deve) entrar.
Desde que foi adquirido por John Textor, essa sensação é maior ainda.
Os torcedores com quem eu conversei já se conformaram, e sabem que agora é se manter na série A.
E a vitória conquistada na noite em que visitei o Engenhão foi muito importante para que a equipe pudesse seguir sonhando com esse objetivo.
O placar foi 2-0 em cima do Athletico de Felipão.
Com um futebol que não enchia os olhos – com exceção das sempre brilhantes defesas de Gatito – mas uma vitória é uma vitória.
E foram poucos os que foram presenciá-la.
Um claro contraste com as multidões que ovacionavam Textor enquanto este balançava o mastro do bandeirão de sua torcida.
Momento que o fez chorar.
Momento que durou pouco.
Mas que simboliza um sentimento que dura para sempre.
O torcedor que estava ali presente nunca se importou com a fase de sua equipe.
Rafael, com quem passei maior parte do segundo tempo e pós jogo, afirmou que estava sempre sentado ali, no mesmo lugar onde o conheci.
“Às vezes um pouco mais pra cima, mas sempre nessa parte”, disse.
E não era o único.
É uma torcida de alma apaixonada, que sempre sonha com tempos melhores.
Mas vive sem problemas as durezas do presente com quem eles amam.
Algo me diz, porém, que os tempos difíceis estão com os dias contados.
E que a próxima vez que eu visitar o Engenhão, não será tão fácil achar Rafael…
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Agradecimentos especiais para Botafogo de Futebol e Regatas, Hotel Ibis Botafogo, Rafael, @allankardecareassa e Armázem São Thiago.