Bragantino é derrotado por 1-0 pelo time visitante; mas que pareceu, desde o início, ser o dono da casa.
Havia apenas um setor no Nabi Abi Chedid destinado ao Corinthians.
Uma pequena área atrás do gol, ainda menor quando se via todas as outras arquibancadas cheias.
Quando minha companheira me perguntou onde iríamos sentar, afirmei que, como venho fazendo, ficaríamos na torcida do time da casa.
Mas não foi bem assim.
Na verdade, não foi nada assim.
Do apito inicial ao apito final, só se ouviam os gritos dos corintianos; que estavam em todas as partes das arquibancadas do estádio, com excessão da área destinada aos membros da Império Jovem, cujas vozes desapareciam em meios aos gritos da Gaviões.
E o show da torcida foi o único espetáculo que os pagantes tiveram;
o jogo em si foi sofrível, e só não acabou 0-0 por conta de uma lambança do setor defensivo do Bragantino que acabou entregando um gol para o Corinthians.
Sobre o estádio, e sobre o Bragantino, o que se vê é uma equipe que ainda busca renovar sua identidade.
Após a compra da equipe pela Red Bull, o clube alcançou novos patamares, de fato.
Mas fica o questionamento o quanto esse clube se aproxima do seu torcedor, que ainda veste os uniformes antigos e carrega as bandeiras de um clube que, feliz ou infelizmente, já não é mais o mesmo.
O que resta é a memória, que segue viva nos poucos presentes em meio às arquibancadas corintianas.
E, para não dizer que as tradições do antigo clube de Bragança não existem mais, o sanduíche com a linguiça local segue firme, forte, e extremamente saboroso!
Uma pena o jogo não ter tido o mesmo sabor.