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sábado, 16 de novembro de 2024

Diário de um Palmeirense Apaixonado

Querido diário,

Dessa vez, depois de muito tempo,

doeu.

Doeu como não doía desde dez anos atrás.

Desde o “adeus” de Marcos,

e o “olá” pra já conhecida série B.

Pior que tudo isso,

doeu como a Libertadores do Corinthians.

E do Mundial.

O deles.

A Libertadores, desde então, já comemoramos duas.

O Mundial,

não.

É um sonho geracional. 

Desde a falha de São Marcos, às falhas atuais,

parece que lá é onde mais falhamos.

Talvez por querer demais, esse ano.

Talvez por querer menos, ano passado.

Nos últimos dois anos, o nervosismo falou mais forte.

O coração estava mais quente do que a cabeça estava fria.

Poderia criticar o Abel, falar sobre inúmeras coisas que faria diferente.

Se fosse no Fifa, eu ganharia aquela partida.

Não perderia para o Chelsea por 2×1.

Até porque, no Fifa, eu reiniciaria sempre que perdesse.

Jamais aceitaria essa derrota.

Iria ganhar, e pronto.

Mas a vida não é um jogo de videogame,

por mais que a gente gostaria que fosse.

O juiz apitou, o jogo acabou.

De sábado não passaria,

por bem ou por mal.

Foi por mal.

Mas tudo bem.

Tudo bem porque,

por mais que as piadas e o desrespeito não parem,

nosso valor está provado para os que realmente importam;

nós, os torcedores.

Eu escolhi acreditar.

E caí no chão quando vi que não ia dar.

Paciência.

Talvez tenha o ano que vem pra tentar de novo,

talvez não.

De qualquer forma, teve o hoje.

E sou grato pela equipe que me fez chorar como criança,

de felicidade e de tristeza,

em tantas vitórias e em tantas derrotas.

O Palmeiras é uma família.

E minha família também é Palmeiras.

Tirando minha mãe, São Paulina,

mas que torce pelo Palmeiras para não me ver mal. 

Nossa paixão é evidente e,

principalmente,

contagiante.

O mundo viu.

Nós vimos o mundo.

E, mesmo não tendo o conquistado,

o pintamos de verde e branco.

Avanti Palestra,

ontem, hoje,

sempre.

Assinado:

Um Palmeirense Apaixonado

1 COMENTÁRIO

  1. Foi duro mesmo. Me consolei relembrando o impagável 27/11. Seria muito mais doloroso ser derrotado ali pelo então pior rival. Cheguei a dizer que se ganhasse do Flamengo poderia até ficar em quarto lugar de novo no mundial, mas ver esse sonho escapando pelos dedos foi realmente duro.

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