Estou na metade do tempo, entre às doze horas passadas de um novo dia,
Como num reflexo, ou num ato falho da alma,
Os olhos percebem a nostalgia sofisticada pelo emaranhar do tempo.
Até que em um momento, me percebo dentro de mim.
Como enunciados caminhos da analogia,
chego ao limite da luminosa tríade da agnosía,
isto é, ou seja, enfim; só sei que nada sei, ou apenas não sei, passei a me perguntar:
o que há dentro de mim?
Como cai o sol ao entardecer do dia,
e como o gélido dia de névoa em uma noite fria,
pareço mais um inverno gelado, um pouco atordoado pelo viver antitético da vida.
Ainda cambaleante paro e encosto-me, na árvore florida, cujas folhas verdes cobertas pelo gelo, como uma alma fria, é trazida a mim, pelo sinuoso vento. É apenas por um momento, até que as coisas, se ajustem dentro de mim.
Quem não se perde dentro de si, nem que seja por um minuto?
Quem não se questiona, não se desaponta e até mesmo se afronta,
ainda que seja pelo tempo, ou apenas por um momento, ainda que seja,
por um segundo?
Começo a voltar à realidade, queria ficar e permanecer, na intranquilidade,
nos subterfúgios, nos escombros de meus pensamentos.
Mas, a realidade é uma ímã, que te puxa para existência, te tirando da imanência,
Uma imanência cheia de saudades, até cair, na brutalidade da vida real.
Sempre haverão refúgios preparados pela natureza,
o mar, gigante em sua beleza, pomposo em sua extensa grandeza,
o campo, asilos e talvez exílios momentâneos da vida incólume,
Vejo que o sol já foi embora, e agora outrossim, outrora,
a noite aparece escura.
Hora de ir embora, sair da minha sombra escura.
Agora já melhor da alma, em minha pele escura,
tomo a estrada da vida, passando pelos faróis vermelhos,
como as faixas duplas da estrada encurta,
Só na dialogar com a alma, é permitido ultrapassar nossos pensamentos.
Querida (o) Cheguei!
_ Você sumiu!
_Não! Apenas estava me procurando! Até me encontrar de novo.
