O Gato, manso que só ele, aguarda debaixo da luz do sol.
Pela luz da lua e a luz que virão das lâmpadas de fora de sua casa.
E pelos bichinhos de luz que as lotam quando a noite chega.
É sempre assim durante o calor.
Se ligam as luzes, eles vêm.
Nós sabemos, e o Gato sabe.
E o Gato espera.
Quando a noite chega, vai até eles.
Como sempre, lá estão.
Batendo suas asas próximos à luz.
O Gato os encara sem pressa alguma.
Uma hora vão cair.
E ele vai estar lá.
Sempre esteve, sempre estará.
Claro, pelo tempo que a Dona deixar.
Dona que nem sabe que ele saiu.
Ele escolhe o que faz.
Ele faz o que escolhe.
Come se quer, quando quer e o que quer.
E ele só quer que caiam os cupins.
O resto, o Gato vê depois.
Depois que caírem os cupins.